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Smart money? Primeiro smart, depois money

Entenda o novo conceito de investimento inteligente, que visa ajudar na escalabilidade e crescimento da startup

Investidor precisa conhecer bem o mercado de atuação (Nuthawut Somsuk/Getty Images)

Investidor precisa conhecer bem o mercado de atuação (Nuthawut Somsuk/Getty Images)

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Publicado em 24 de novembro de 2022 às 20h00.

O cenário de startups e inovação está cada vez mais promissor no país. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), existem mais de 14 mil startups cadastradas em sua base de dados, mas diferentemente do que muitos pensam, abrir seu próprio negócio não é uma tarefa fácil. Isso porque todo o processo de empreender requer muito conhecimento, resiliência, determinação, estudo e disposição, por isso é tão importante contar com mentores e atores para serem parceiros nessa jornada.

Diante deste cenário, tem surgido um novo conceito de investimento chamado de Smart Money (dinheiro inteligente), que visa ajudar na escalabilidade e crescimento da startup. Por meio deste modelo, os investidores têm um papel ainda mais importante dentro da companhia. Além de injetar aportes financeiros em suas operações, o profissional exercerá a função de mentor para dúvidas específicas e evitar que o empreendedor cometa erros comuns e repetidamente.

Dessa forma, ele precisa, obrigatoriamente, ter conhecimento sobre o mercado de atuação que vai investir para ter expertise o suficiente para auxiliar esses empreendedores em diferentes etapas do seu negócio. Além disso, ele necessita de muita experiência de mercado, oferecer valor agregado à empresa, mentorias individuais e personalizadas e ter networking vasto com contatos assertivos.

Para que essa prática seja efetiva e traga resultados significativos para as companhias, essa relação precisa ser de mão dupla e todos os envolvidos devem se ajudar. Nesse caso, os investidores têm que estar dispostos a, de fato, reservar horas da sua agenda para esta atividade e os empreendedores dispostos a assimilar todo o conhecimento adquirido e aplicá-lo da melhor maneira possível. Por isso, é tão importante criar planos reais, para que realmente nesse processo, o “Smart” se destaque muito mais do que o “Money”.

Outro ponto de atenção é que os founders devem levar em consideração que nesse processo o que vai agregar valor de fato para o negócio é o conhecimento e todo ensinamento que ele receberá com o apoio desses investidores e que o dinheiro aportado será consequência. Eles vão desenvolver projetos mais estruturados para o mercado, resolver e antecipar problemas que não conseguiriam sozinhos e criar produtos e serviços inovadores.

Concluo que diante da importância que eles possuem nos negócios, os CEO´s devem buscar pessoas que estejam imersas em seus mercados de atuação e que tenham conhecimentos aprofundados sobre os assuntos que envolvem a sua área. Portanto eles também precisam estar com a mente aberta para escutar e aprender tudo o que eles têm a oferecer. Caso contrário, todo o trabalho será em vão.

*Denis Ferrari, é CEO da Azys, primeira aceleradora de inovação independente do Brasil

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