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Dinheiro não dura até o final do mês para 35% dos brasileiros

Estudo detalha percepção das classes populares C e D com o dinheiro e revela que 78% têm vergonha do nome sujo e querem manter bom relacionamento com bancos

Fintech ouviu 600 pessoas que moram em regiões metropolitanas (Getty Images/Getty Images)

Fintech ouviu 600 pessoas que moram em regiões metropolitanas (Getty Images/Getty Images)

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Publicado em 3 de fevereiro de 2023 às 18h00.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2023 às 19h19.

Por Bússola

Pesquisa exclusiva elaborada pelo Bullla, fintech de crédito com foco nas classes C e D, traz números sobre a economia real do dinheiro e a cultura entre as classes populares no Brasil. O estudo revela que 35% dos participantes tentam controlar os gastos pessoais, mas o dinheiro não sobra até o fim do mês e 78% dos entrevistados sentem vergonha de deixar o nome sujo.

O levantamento detalha que essas são algumas das sensações que refletem a preocupação da maioria do brasileiro: manter-se fora da negativação e preservar uma boa ligação com os bancos. De acordo com o estudo, 87% dizem que ser um bom pagador é importante para manter um bom relacionamento com os bancos ou com quem se pega dinheiro emprestado. Apenas 13% afirmam que não vale a pena limpar o nome.

“A classe trabalhadora muitas vezes é vista como pessoas com pouca organização financeira, mas a realidade não é exatamente essa: elas tentam organizar seus gastos, utilizam diversas estratégias, mas a dificuldade da escassez se impõe”, afirma Marcelo Villela, CEO e cofundador do Bullla.

A pesquisa ouviu 600 pessoas que moram nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza e Brasília (DF). São homens e mulheres, na faixa etária entre 25 e 55 anos, pertencentes às classes C e D, que responderam a um questionário sobre a relação com o dinheiro; a organização financeira; crédito e mercado (relação com bancos físicos e digitais e instituições financeiras) e crédito peer to peer (empréstimos entre pessoas).

Como pagam as contas

Para 72%, o medo de não ter dinheiro é uma constante. Quando questionados o que fazem quando precisam de dinheiro, 40,7% dos respondentes confirmam que pedem emprestado para amigos e familiares. Entre as soluções de créditos oferecidas pelo mercado, as mais procuradas pelos entrevistados são empréstimo pessoal, cartão de crédito e empréstimo consignado.

Não é à toa que o empréstimo é o recurso mais utilizado para conseguir quitar as contas mensais. Somente no último mês, 27% dos entrevistados disseram que recorreram a esta modalidade. A pesquisa aponta também o sentimento do cidadão ao tomar crédito, uma parte tem esperança (38%), outras pessoas sentem medo e constrangimento (30%) e um grupo sente dificuldade (47%).

“Para as fintechs, o maior desafio será criar modelos financeiros sustentáveis para resolver problemas reais da comunidade nas quais estão inseridas. E temos de utilizar da tecnologia para entender essa dor. Aqui no Bullla, por exemplo, já fazemos isso. Oferecemos ao colaborador a possibilidade de antecipar seu salário em até 30%, sem cobrar nenhuma taxa por isso. É uma alternativa a mais para que ele consiga fechar suas contas mensais”, diz Villela.

Bancos e carteiras digitais

A pesquisa também fez uma avaliação sobre a visão dos bancos e carteiras digitais para os entrevistados. Para boa parte deles, essas instituições são vistas com olhares positivos, em comparação a bancos tradicionais, associando-as como as mais fáceis e práticas para lidar: 34% dizem que são mais descomplicados, 31% dizem que facilitam a vida e 27% afirmam que as taxas e os juros são mais baixos.

Embora os participantes tenham essa visão favorável quanto às transações digitais, a maioria ainda possui contas em banco físico, sendo 76% dos ouvidos. Já 61,3% possuem contas em bancos digitais, enquanto 42% mantêm contas nas duas modalidades. Outros 39,8% têm conta em carteira digital.

Cartão com "Ene" possibilidades

Recentemente o Bullla lançou seu mais novo cartão voltado para o mercado de benefícios corporativos, o BulllaEne, que garante ao colaborador a antecipação salarial de até 30% do valor da remuneração mensal sem juros e taxas e limite de crédito parcelado sem análise, mesmo para quem está negativado.

Além disso, pelo aplicativo é possível organizar e controlar como e onde o funcionário quer gastar seus benefícios, como auxílio refeição, alimentação, mobilidade, saúde, bem-estar, entre outros, tudo de forma intuitiva. Os benefícios de refeição e alimentação seguem as regras estabelecidas pela legislação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

O desconto da antecipação salarial é feito na folha de pagamentos e o Bullla garante à empresa a disponibilidade desse crédito. A antecipação é efetivada pelo cartão através da função crédito, permitindo que o colaborador possa utilizá-lo também para fazer compras e parcelamentos. O cartão tem bandeira Mastercard e é aceito em mais de 2 milhões de estabelecimentos.

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