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Confiança de advogados na Justiça cai 3,4% em abril

Em uma escala de zero a 100, a nota final dos advogados para a Justiça brasileira foi 30,8 este ano

Tribunal: o resultado é o pior desde 2011, quando a pesquisa começou a ser feita nacionalmente  (Oxford/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 13h50.

São Paulo - O Índice de Confiança dos Advogados na Justiça (ICAJ), realizado pela Fundace, da Universidade de São Paulo (Fundace/USP), mostrou recuo de 3,4% na nota dada pelos profissionais à Justiça do País entre 2013 e 2014.

Segundo levantamento, divulgado neta quinta-feira, 8, em uma escala de zero a 100, a nota final dos advogados para a Justiça brasileira foi 30,8 este ano, contra 31,9 no ano passado.

O resultado é o pior desde 2011, quando a pesquisa começou a ser feita nacionalmente e mostra que a Justiça segue também abaixo no nível de confiança, de 50 pontos. Em 2012, a nota foi 31,2 e, em 2011, 32,7.

"Apesar da queda (em 2014), a avaliação é que a nota segue baixa durante os quatro anos, com uma variação pequena do indicador", disse Cláudio de Souza Miranda, um dos coordenadores da pesquisa e professor do departamento de contabilidade da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, à qual a Fundace é ligada.

Foram entrevistados 684 advogados de todas as regiões brasileiras e com atuação em diversas áreas do direito, profissionais liberais, professores ou representantes do setor público, bem como de diversos níveis hierárquicos em escritórios de advocacia. A margem de erro do levantamento é de 3,7 pontos.

O ICAJ/Fundace é composto por sete indicadores que avaliam a percepção dos advogados sobre a Justiça: eficiência, honestidade, morosidade, facilidade de acesso, custo para a solução de litígios, falta de igualdade no tratamento das partes e perspectiva de futuro. A pior avaliação segue para a rapidez na solução de litígios, com 11,5.

A pesquisa mostrou que o advogado, no entanto, ainda tem um pouco de perspectiva de futuro da Justiça brasileira, cuja nota foi a maior: 43,6.

Com exceção do indicador para os custos da solução de litígios, cuja nota apresentou alta de 24,5 para 26,8, todos os demais indicadores apresentaram queda entre 2013 e 2014.

Os advogados mais jovens, com até cinco anos de militância, deram nota 34,5 à Justiça do País e são os mais otimistas. Já os mais velhos, com mais de 15 anos de profissão, foram os mais pessimistas, com 28,5 de nota.

Nas regiões brasileiras, os advogados do Centro-Oeste, com 34,8 de avaliação, foram os com maior otimismo e, com 28,8, os do Nordeste foram os mais pessimistas.

Além da nota, os pesquisadores da Fundace perguntaram ainda se o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está contribuindo para a melhoria da qualidade da Justiça. A nota obtida foi 76,7 pontos, mostrando confiança dos profissionais no trabalho do conselho.

"Apesar de o melhor indicador da pesquisa ser a perspectiva futura com a Justiça e de o CNJ, criado justamente para melhorá-la, ser bem avaliado, a percepção dos advogados mostra que nada que mudou (na Justiça) em quatro anos de pesquisa", concluiu Miranda.

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São Paulo - O Índice de Confiança dos Advogados na Justiça (ICAJ), realizado pela Fundace, da Universidade de São Paulo (Fundace/USP), mostrou recuo de 3,4% na nota dada pelos profissionais à Justiça do País entre 2013 e 2014.

Segundo levantamento, divulgado neta quinta-feira, 8, em uma escala de zero a 100, a nota final dos advogados para a Justiça brasileira foi 30,8 este ano, contra 31,9 no ano passado.

O resultado é o pior desde 2011, quando a pesquisa começou a ser feita nacionalmente e mostra que a Justiça segue também abaixo no nível de confiança, de 50 pontos. Em 2012, a nota foi 31,2 e, em 2011, 32,7.

"Apesar da queda (em 2014), a avaliação é que a nota segue baixa durante os quatro anos, com uma variação pequena do indicador", disse Cláudio de Souza Miranda, um dos coordenadores da pesquisa e professor do departamento de contabilidade da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, à qual a Fundace é ligada.

Foram entrevistados 684 advogados de todas as regiões brasileiras e com atuação em diversas áreas do direito, profissionais liberais, professores ou representantes do setor público, bem como de diversos níveis hierárquicos em escritórios de advocacia. A margem de erro do levantamento é de 3,7 pontos.

O ICAJ/Fundace é composto por sete indicadores que avaliam a percepção dos advogados sobre a Justiça: eficiência, honestidade, morosidade, facilidade de acesso, custo para a solução de litígios, falta de igualdade no tratamento das partes e perspectiva de futuro. A pior avaliação segue para a rapidez na solução de litígios, com 11,5.

A pesquisa mostrou que o advogado, no entanto, ainda tem um pouco de perspectiva de futuro da Justiça brasileira, cuja nota foi a maior: 43,6.

Com exceção do indicador para os custos da solução de litígios, cuja nota apresentou alta de 24,5 para 26,8, todos os demais indicadores apresentaram queda entre 2013 e 2014.

Os advogados mais jovens, com até cinco anos de militância, deram nota 34,5 à Justiça do País e são os mais otimistas. Já os mais velhos, com mais de 15 anos de profissão, foram os mais pessimistas, com 28,5 de nota.

Nas regiões brasileiras, os advogados do Centro-Oeste, com 34,8 de avaliação, foram os com maior otimismo e, com 28,8, os do Nordeste foram os mais pessimistas.

Além da nota, os pesquisadores da Fundace perguntaram ainda se o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está contribuindo para a melhoria da qualidade da Justiça. A nota obtida foi 76,7 pontos, mostrando confiança dos profissionais no trabalho do conselho.

"Apesar de o melhor indicador da pesquisa ser a perspectiva futura com a Justiça e de o CNJ, criado justamente para melhorá-la, ser bem avaliado, a percepção dos advogados mostra que nada que mudou (na Justiça) em quatro anos de pesquisa", concluiu Miranda.

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