UE recomenda vacina contra febre amarela a turistas no carnaval
Indicação tem como destino cidadãos do bloco com viagem marcada para áreas de risco de contaminação de febre amarela no Brasil
Reuters
Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 14h46.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Europeia (ECDC, na sigla em inglês) recomendou nesta sexta-feira que cidadãos do bloco com viagem marcada para áreas de risco de contaminação de febre amarela no Brasil durante o Carnaval tomem a vacina e se protejam de picadas de mosquito, após o aumento no número de casos da doença no país.
De acordo com o ECDC, as transmissões de febre amarela podem afetar áreas urbanas do país, o que aumenta o risco de contaminação de viajantes, especialmente durante o Carnaval, em fevereiro.
"Com o fluxo de viajantes a áreas urbanas no Brasil, o número de viajantes não imunizados sendo infectados pode aumentar no próximo mês", disse o ECDC em comunicado publicado em seu site.
O alerta recomenda a imunização e a adoção de medidas para evitar as picadas de mosquito, como o uso de repelente, vestimentas com mangas e calças compridas e a acomodação em locais que possuam ar condicionado ou mosquiteiros.
Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre a recomendação europeia.
Dados divulgados pelo ministério nesta semana apontam que até o dia 14 de janeiro, no atual período de monitoramento, de julho/2017 a junho/2018, foram confirmados 35 casos de febre amarela em todo o país, sendo 20 os casos de óbitos causados pelo vírus. No Estado de São Paulo, no entanto, a Secretaria de Saúde divulgou mais de 10 mortes só neste ano.
Na terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela, e recomendou vacinação contra a doença para todos os viajantes internacionais que visitam a região, inclusive a capital paulista e o litoral, devido ao aumento do nível de atividade do vírus.
A recomendação da OMS para vacinação de viajantes internacionais já estava em vigor para Estados das Regiões Centro-Oeste e Norte, Minas Gerais e Maranhão, além de partes de Estados da Região Sul, Bahia e Piauí, segundo a organização.