Vídeo obsceno publicado por Bolsonaro não viola regras do Twitter
Normas só seriam quebradas se conteúdo fosse publicado em vídeos ao vivo, na imagem de capa ou do perfil do presidente
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de março de 2019 às 10h34.
Última atualização em 6 de março de 2019 às 10h40.
São Paulo — O vídeo escatológico e pornográfico publicado pelo presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira (5), em sua conta no Twitter, não viola a política de conteúdo de mídia da rede social.
Segundo o próprio site, o Twitter permite algumas formas de violência explícita e/ou conteúdo adulto nas postagens que forem marcadas como mídia "sensível", como foi o caso da publicação de Bolsonaro.
A regra só seria violada caso o conteúdo fosse publicado em vídeos ao vivo, na imagem de capa ou do perfil do presidente. Consultado, o Twitter disse que "eventuais violações estão sujeitas às medidas cabíveis".
A indicação de que a postagem pode conter "mídia sensível" pode ser colocada pelo próprio Twitter ou pela sinalização dos usuários da rede.
Além disso, a reprodução automática do conteúdo pode ser bloqueada nas configurações de segurança do perfil de cada um.
Os usuários da rede social estão divididos nesta quarta-feira (6) sobre a publicação feita pelo presidente da República. Há pedidos de impeachment e demonstrações de apoio.
A hashtag #ImpeachmentBolsonaro lidera os tópicos mais comentados no Twitter, seguida pela #BolsonaroTemRazão. Também aparecem no ranking #goldenshowerpresident e #VergonhaDessePresidente.
O vídeo publicado por Bolsonaro não traz identificação de onde ocorreu a gravação e mostra um homem urinando na cabeça de outro, entre outras imagens obscenas.
"É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro", escreveu o presidente.