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Sob polêmica, TV Brasil exibe entrevista com Dilma nesta 5ª

A intenção é que a entrevista de Dilma inaugure uma série de quatro entrevistas com personalidades da política brasileira

Dilma Rousseff: pedidos de entrevistas já foram enviados para Temer, Renan e Lewandowski (Reprodução/YouTube)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 14h29.

Brasília - Em mais um capítulo na disputa entre a administração petista e a peemedebista, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) anunciou que apresentará entrevista com a presidente afastada Dilma Rousseff na TV Brasil, nesta quinta-feira, às 22 horas.

A entrevista foi gravada no domingo, 5, por determinação de Ricardo Melo, que retornou à empresa por força de uma liminar do ministro Dias Tofolli, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que destituiu Laerte Rimoli, nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer na sua primeira semana de governo.

Para justificar a transmissão da entrevista, a EBC informou que ela está sendo divulgada em parceria com a Rede Minas, que se interessou pelo material. Explicou ainda que a empresa já estava em busca desta parceria, que agora foi concretizada.

Em nota, a EBC informa que a entrevista se insere "no esforço" da empresa "para produzir um jornalismo com equilíbrio editorial e pluralidade de pontos de vista".

Acrescenta ainda que "com esse objetivo, a EBC encaminhou solicitação de entrevistas, no mesmo formato, ao presidente da República interino, Michel Temer, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski".

A divulgação da entrevista já foi questionada no Conselho de administração da empresa pelo representante dos funcionários, Edvaldo Cuaio.

Ele considera "uma afronta" e uma "indignidade" a iniciativa e lembra que o jornalista Luiz Nassif, que fez a entrevista, está com contrato suspenso pela empresa, que pagou as despesas dele para vir a Brasília fazer a gravação.

No Palácio, esta nova polêmica com a EBC reacende a insatisfação com ao advogado-geral da União, Fábio Osório, que adotou estratégia considerada "errada e ineficiente" em relação ao mandado de segurança impetrado por Ricardo Melo, no STF.

O Planalto entendia que a AGU deveria ter agido previamente, de forma mais incisiva, para tentar evitar a concessão da liminar e também "evitar que o estrago que está se verificando agora acontecesse".

A AGU alegou que apresentou "informações iniciais" pedidas pelo STF, assegurando que "a exoneração de Melo é legal" e que ainda apresentará a defesa quando o prazo for aberto.

A irritação com a conduta de Osório foi tão grande que o próprio ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi ao STF conversar com Toffoli pessoalmente para levar os argumentos do governo, depois que a liminar havia sido concedida.

O governo Temer está denunciando uma série de desmandos na empresa e o rombo nas contas que ultrapassa os R$ 94 milhões. Alega ainda que a programação da emissora estava voltada "para atender a um partido, o PT, seus interesses e ideologias, e não aos interesses do País".

Rebate ainda justificativa de que a transmissão da entrevista de Dilma seja para promover "equilíbrio editorial e pluralidade" que nunca foram vistos na empresa durante a administração petista.

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Brasília - Em mais um capítulo na disputa entre a administração petista e a peemedebista, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) anunciou que apresentará entrevista com a presidente afastada Dilma Rousseff na TV Brasil, nesta quinta-feira, às 22 horas.

A entrevista foi gravada no domingo, 5, por determinação de Ricardo Melo, que retornou à empresa por força de uma liminar do ministro Dias Tofolli, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que destituiu Laerte Rimoli, nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer na sua primeira semana de governo.

Para justificar a transmissão da entrevista, a EBC informou que ela está sendo divulgada em parceria com a Rede Minas, que se interessou pelo material. Explicou ainda que a empresa já estava em busca desta parceria, que agora foi concretizada.

Em nota, a EBC informa que a entrevista se insere "no esforço" da empresa "para produzir um jornalismo com equilíbrio editorial e pluralidade de pontos de vista".

Acrescenta ainda que "com esse objetivo, a EBC encaminhou solicitação de entrevistas, no mesmo formato, ao presidente da República interino, Michel Temer, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski".

A divulgação da entrevista já foi questionada no Conselho de administração da empresa pelo representante dos funcionários, Edvaldo Cuaio.

Ele considera "uma afronta" e uma "indignidade" a iniciativa e lembra que o jornalista Luiz Nassif, que fez a entrevista, está com contrato suspenso pela empresa, que pagou as despesas dele para vir a Brasília fazer a gravação.

No Palácio, esta nova polêmica com a EBC reacende a insatisfação com ao advogado-geral da União, Fábio Osório, que adotou estratégia considerada "errada e ineficiente" em relação ao mandado de segurança impetrado por Ricardo Melo, no STF.

O Planalto entendia que a AGU deveria ter agido previamente, de forma mais incisiva, para tentar evitar a concessão da liminar e também "evitar que o estrago que está se verificando agora acontecesse".

A AGU alegou que apresentou "informações iniciais" pedidas pelo STF, assegurando que "a exoneração de Melo é legal" e que ainda apresentará a defesa quando o prazo for aberto.

A irritação com a conduta de Osório foi tão grande que o próprio ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi ao STF conversar com Toffoli pessoalmente para levar os argumentos do governo, depois que a liminar havia sido concedida.

O governo Temer está denunciando uma série de desmandos na empresa e o rombo nas contas que ultrapassa os R$ 94 milhões. Alega ainda que a programação da emissora estava voltada "para atender a um partido, o PT, seus interesses e ideologias, e não aos interesses do País".

Rebate ainda justificativa de que a transmissão da entrevista de Dilma seja para promover "equilíbrio editorial e pluralidade" que nunca foram vistos na empresa durante a administração petista.

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