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Tucanos ajudam rival de João Doria em São Paulo

Eles trabalham abertamente pela pré-candidatura a prefeito do vereador Andrea Matarazzo (PSD), egresso do partido após ter sido derrotado

João Doria Jr.: integrantes do PSDB trabalham abertamente pela pré-candidatura a prefeito do vereador Andrea Matarazzo (PSD) (Raul Junior/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2016 às 12h05.

São Paulo - Quadros importantes do PSDB paulistano trabalham abertamente pela pré-candidatura a prefeito do vereador Andrea Matarazzo (PSD), egresso do partido após ter sido derrotado pelo empresário João Doria em convenção.

Mesmo com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador Aloysio Nunes e do ministro das Relações Exteriores, José Serra, Matarazzo perdeu, em março, as prévias para Doria. Em seguida, ele deixou a legenda e será candidato pelo PSD.

Entre os tucanos que neste momento seguem ao lado de Matarazzo estão Arnaldo Madeira, Hubert Alqueres, Luís Sobral e vários militantes que integram o comando partidário.

"Dos 71 membros do diretório do PSDB paulistano, grande parte ainda é ligada ao Andrea e trabalha no gabinete dele", afirma Julio Semeghini, um dos coordenadores da pré-campanha de João Doria.

Como resposta, o diretório estadual do PSDB ameaça expulsar os dissidentes. "Quem não quiser apoiar o João Doria não pode apoiar o Matarazzo. Não podemos brincar com isso", diz o deputado Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista.

A legenda chegou a divulgar uma resolução "lembrando" que os tucanos devem apoiar o candidato do partido na eleição. "Essa resolução revela o temor de que uma parte do PSDB não apoie o candidato do partido", diz Madeira.

Ele reconhece que tem participado de reuniões com Matarazzo, mas nega que pretenda participar da coordenação de sua campanha. "No João Doria eu não voto. Ele não terá o meu apoio", afirma.

Após a desistência de Matarazzo, o 2.º turno das prévias, no dia 19 de março, teve 3.266 votantes, com 3.152 (96,5%) votos para Doria, 68 votos em branco (2,1%) e 46 (1,4%) nulos. No 1.º turno, Doria teve 2.681 votos, Matarazzo, 2.045 e Ricardo Tripoli, 1.387.

A menos de um mês do início das convenções partidárias que oficializarão os candidatos à Prefeitura de São Paulo, lideranças do PSDB próximas a Matarazzo também tentam derrubar na Justiça Eleitoral a candidatura de Doria.

O ex-governador Alberto Goldman e o senador José Aníbal prestaram depoimento ao Ministério Público eleitoral na semana passada e formalizaram as denúncias de que Doria teria praticado abuso de poder econômico nas prévias.

O Ministério Público eleitoral recebeu três representações contra Doria. Além da feita pelos tucanos, outra é de um cidadão e a terceira do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

"Vejo indícios de abuso de poder econômico. Estamos fazendo um pente-fino na pré-campanha", disse ao Estado o promotor José Carlos Bonilha, responsável pelo procedimento investigativo. Ele afirma, ainda, que pretende ouvir mais dez envolvidos na pré-campanha.

Entre eles está um motorista de van que teria levado filiados para locais de votação e pessoas que disseram ter recebido dinheiro para trabalhar na pré-campanha. Caso sejam comprovadas as irregularidades, o Ministério Público pode pedir a cassação do registro de Doria.

Entre outras acusações, Goldman e Aníbal afirmam que o empresário pagou transporte, alimentos e até teria promovido um churrasco para militantes com recursos que não eram do partido.

Um dos coordenadores da pré-campanha de Doria, o tucano Julio Semeghini diz que as prévias foram feitas dentro da lei eleitoral. "O processo atendeu também à regulamentação do partido", afirma.

O empresário sempre negou as irregularidades atribuídas pelos adversários. Ontem, ele não quis se manifestar. Se a candidatura dele for impugnada pela Justiça, o partido terá de escolher outro nome na convenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mesmo com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador Aloysio Nunes e do ministro das Relações Exteriores, José Serra, Matarazzo perdeu, em março, as prévias para Doria. Em seguida, ele deixou a legenda e será candidato pelo PSD.

Entre os tucanos que neste momento seguem ao lado de Matarazzo estão Arnaldo Madeira, Hubert Alqueres, Luís Sobral e vários militantes que integram o comando partidário.

"Dos 71 membros do diretório do PSDB paulistano, grande parte ainda é ligada ao Andrea e trabalha no gabinete dele", afirma Julio Semeghini, um dos coordenadores da pré-campanha de João Doria.

Como resposta, o diretório estadual do PSDB ameaça expulsar os dissidentes. "Quem não quiser apoiar o João Doria não pode apoiar o Matarazzo. Não podemos brincar com isso", diz o deputado Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista.

A legenda chegou a divulgar uma resolução "lembrando" que os tucanos devem apoiar o candidato do partido na eleição. "Essa resolução revela o temor de que uma parte do PSDB não apoie o candidato do partido", diz Madeira.

Ele reconhece que tem participado de reuniões com Matarazzo, mas nega que pretenda participar da coordenação de sua campanha. "No João Doria eu não voto. Ele não terá o meu apoio", afirma.

Após a desistência de Matarazzo, o 2.º turno das prévias, no dia 19 de março, teve 3.266 votantes, com 3.152 (96,5%) votos para Doria, 68 votos em branco (2,1%) e 46 (1,4%) nulos. No 1.º turno, Doria teve 2.681 votos, Matarazzo, 2.045 e Ricardo Tripoli, 1.387.

A menos de um mês do início das convenções partidárias que oficializarão os candidatos à Prefeitura de São Paulo, lideranças do PSDB próximas a Matarazzo também tentam derrubar na Justiça Eleitoral a candidatura de Doria.

O ex-governador Alberto Goldman e o senador José Aníbal prestaram depoimento ao Ministério Público eleitoral na semana passada e formalizaram as denúncias de que Doria teria praticado abuso de poder econômico nas prévias.

O Ministério Público eleitoral recebeu três representações contra Doria. Além da feita pelos tucanos, outra é de um cidadão e a terceira do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

"Vejo indícios de abuso de poder econômico. Estamos fazendo um pente-fino na pré-campanha", disse ao Estado o promotor José Carlos Bonilha, responsável pelo procedimento investigativo. Ele afirma, ainda, que pretende ouvir mais dez envolvidos na pré-campanha.

Entre eles está um motorista de van que teria levado filiados para locais de votação e pessoas que disseram ter recebido dinheiro para trabalhar na pré-campanha. Caso sejam comprovadas as irregularidades, o Ministério Público pode pedir a cassação do registro de Doria.

Entre outras acusações, Goldman e Aníbal afirmam que o empresário pagou transporte, alimentos e até teria promovido um churrasco para militantes com recursos que não eram do partido.

Um dos coordenadores da pré-campanha de Doria, o tucano Julio Semeghini diz que as prévias foram feitas dentro da lei eleitoral. "O processo atendeu também à regulamentação do partido", afirma.

O empresário sempre negou as irregularidades atribuídas pelos adversários. Ontem, ele não quis se manifestar. Se a candidatura dele for impugnada pela Justiça, o partido terá de escolher outro nome na convenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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