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Temer citado; denúncia contra Lula…

Temer citado pela segunda vez Um dos principais executivos da construtora Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva disse à Procuradoria-Geral da República que operacionalizou o repasse de recursos a pedido do presidente Michel Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informa a revista VEJA. A liberação do dinheiro, segundo contou, estava vinculada à execução […]

GOVERNO TEMER: se não conseguir balancear estes dois conflitos ao longo dos dois anos de mandato que ainda lhe restam corre o risco de transformar as eleições de 2018 em uma corrida maluca de demagogos e incendiários / Marcos Corrêa/PR/Divulgação
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 06h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h40.

Temer citado pela segunda vez

Um dos principais executivos da construtora Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva disse à Procuradoria-Geral da República que operacionalizou o repasse de recursos a pedido do presidente Michel Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informa a revista VEJA. A liberação do dinheiro, segundo contou, estava vinculada à execução de contratos da empreiteira com a Petrobras. Em 2010, Michel Temer recebeu, em seu escritório político em São Paulo, Márcio Faria da Silva para uma conversa, da qual também participaram Eduardo Cunha e o lobista João Augusto Henriques, coletor de propinas para o PMDB dentro da Petrobras. O Palácio do Planalto confirmou o encontro, mas informou que foi Cunha quem pediu a conversa a Temer, dizendo que o executivo gostaria de conhecê-lo.

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Nova denúncia contra Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi, mais uma vez, alvo de uma denúncia decorrente da Operação Lava-Jato. Dessa vez, é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além de Lula, a mesma denúncia inclui os nomes de sua mulher, Marisa Letícia, do ex-ministro Antonio Palocci, do empreiteiro Marcelo Odebrecht e de mais cinco pessoas. Os procuradores do Ministério Público Federal afirmam, na denúncia, que o ex-presidente tinha “controle supremo” do esquema de corrupção. É a terceira denúncia apresentada contra Lula na operação e a quinta do ano, as outras duas são relacionadas à Zelotes e à Janus. Mas é a primeira vez que o nome de Lula aparece relacionado à Odebrecht. A denúncia alega que parte das propinas oriundas da Petrobras pagas pela empreiteira ao ex-presidente foi usada na compra do terreno onde seria construída a sede do Instituto Lula. O total de propinas pagas seria de 75 milhões de reais.

O pacotão do governo

Em meio à recessão econômica e à crise política que assola seu governo, o presidente Michel Temer e sua econômica anunciaram um pacote de medidas econômicas. Uma das medidas é a regularização de dívidas relativas a tributos de empresas e pessoas físicas com o governo. Será possível parcelar qualquer dívida tributária contraída até 30 de novembro deste ano. O pacote também inclui medidas de incentivo ao crédito imobiliário, redução do spread bancário (margem dos bancos no crédito) e redução dos juros do cartão de crédito. Para ajudar as empresas, o governo anunciou que promoverá medidas para desburocratizar o comércio exterior, com redução mínima de 40% do tempo para o procedimento de importação e exportação. Também haverá a ampliação do microcrédito produtivo de 120.000 para 200.000 reais de faturamento por ano.

Economia recua

A atividade econômica do Brasil recuou em outubro pelo quarto mês seguido. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central apresentou uma queda de 0,4% em outubro na comparação com o mês anterior. Na comparação com outubro do ano passado, o índice, considerado a prévia da inflação, recuou 3,88%. No acumulado de 12 meses, a queda chegou a 5,29%.

PEC do Teto vira lei

Aprovada na última votação no Senado na terça-feira 13, a Proposta de Emenda Constitucional que cria um teto para o crescimento de dívidas públicas foi promulgada como lei nesta quinta-feira. A PEC é um dos principais pilares econômicos do governo Temer, que sinaliza para o mercado ser essa a única forma de controlar o crescimento da dívida pública. A medida vale pelos próximos 20 anos e é muito criticada por movimentos sociais porque as áreas mais afetadas pelo corte de custos seriam saúde e educação.

Dívida dos estados só em 2017

Se houver quórum na penúltima sessão de 2016, o projeto de lei que regulamenta as dívidas dos estados deverá ser apreciado novamente na Câmara somente em 2017. O texto já havia sido aprovado na Câmara, mas foi modificado pelo Senado, que incluiu contrapartidas dos estados para o alongamento do período de pagamento das dívidas, além de criar um Regime de Recuperação Fiscal para os estados em pior situação. Os deputados queriam modificar o projeto, mas, com a demora nas negociações — quando ficou decidido que as contrapartidas seriam excluídas do texto —, a votação foi protelada e acabou ficando sem quórum. Como a sessão de sexta também deverá ser esvaziada, o projeto deverá ficar para 2017. São necessários 257 votos para aprová-lo.

Deputado pró-carvão

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu o deputado republicano Ryan Zinke para secretário do Interior. Ex-comandante de um grupo de elite da Marinha, Zinke foi defensor do fim da proibição da extração de carvão em terras estatais e apresentou um projeto de lei para diminuir os impostos de termelétricas. A nomeação preocupa ambientalistas, à medida que as funções da pasta incluem a administração de parques nacionais e áreas protegidas do país, e é mais um indicativo de que questões ambientais devem ter menor importância no governo Trump.

Reforma controversa

O time de congressistas republicanos que trabalham numa proposta de reforma tributária nos Estados Unidos recebeu uma carta de repúdio assinada por 81 industriais que são contra o aumento de impostos para produtos importados. A proposta em estudo, chamada de Better Way (“melhor forma”, em inglês), e apoiada pelo presidente eleito, Donald Trump, visa desestimular as importações ao mesmo tempo em que diminuiria os tributos sobre o lucro proveniente de exportações. Os deputados defenderam-se afirmando que a proposta é também diminuir os impostos corporativos de 35% para 20%.

Verizon desiste?

A empresa de telecomunicações Verizon pode desistir da aquisição de 4,8 bilhões de dólares da companhia de serviços de internet Yahoo ou negociar um preço menor após a revelação de que mais de 1 bilhão de usuários foram afetados por um vazamento de dados em 2013. Em outubro, outro vazamento já havia sido revelado, tendo atingido 500.000 pessoas em 2014 — os dois casos ocorreram na gestão de Marissa Mayer, presidente desde 2012. Uma fonte próxima à negociação afirmou que o presidente da Verizon, Tim Armstrong, deseja seguir com a fusão, mas um grupo de diretores é contra. Um time da Verizon trabalha para avaliar o tamanho dos danos.

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