Temer adota posturas diferentes ao falar sobre gravação da JBS
Desde a quarta-feira passada, 17, quando se tornou pública a existência da gravação com Joesley, Temer muda sua posição sobre relação com empresário
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de maio de 2017 às 09h47.
Última atualização em 23 de maio de 2017 às 09h48.
Brasília - A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou nesta segunda-feira, 22, que o presidente Michel Temer se equivocou ao dizer, durante entrevista à "Folha de S.Paulo", que foi procurado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, para falar sobre a Operação Carne Fraca. A declaração de Temer foi publicada na edição desta segunda-feira, 22, do jornal.
A conversa, gravada por Joesley, no entanto, ocorreu dez dias antes da operação desencadeada pela Polícia Federal, exatamente no dia 7 de março. "O presidente se equivocou, se confundiu", afirmou a assessoria.
Desde a quarta-feira passada, 17, quando se tornou pública a existência de gravação da conversa com Joesley, Temer tem adotado posturas diferentes em relação ao empresário. Em nota oficial, publicada ainda no dia 17, Temer limitou-se a confirmar o encontro e negar o cometimento de qualquer crime.
Na quinta-feira, dia 18, já alvo de inquérito, Temer confirmou que "houve um relato de um empresário" que auxiliava a família do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E afirmou que só tomou conhecimento sobre isso naquele momento.
No sábado, 20 em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Temer disse que costuma receber empresários para conversas nos palácios do Planalto e do Jaburu e em São Paulo.
"Muitas dessas reuniões ocorrem fora da agenda", disse ele na ocasião. Questionado sobre o assunto tratado na conversa, entre eles a confissão de Joesley de que tinha "comprado" dois juízes e um procurador, o presidente disse que achava o empresário um "falastrão".
Em entrevista à Folha de S.Paulo, no domingo, 21, Temer repetiu que considerava Joesley um "falastrão e chegou a chamá-lo de "empresário grampeador". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.