Temer relacionou as duas acusações da PGR de que foi alvo aos esforços do seu governo para tentar aprovar a reforma da Previdência (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de setembro de 2018 às 09h55.
Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 09h57.
Nova York, 24 - O presidente Michel Temer (MDB) relacionou as duas acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que foi alvo no ano passado aos esforços do seu governo para tentar aprovar a reforma da Previdência, em entrevista nesta segunda-feira, 24, à Associated Press. Temer está em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.
"De um lado, eu tentei combater privilégios, por outro lado, esse homem [Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República] tentou proteger esses privilégios", disse ele, que considera que sua administração foi "insultada" por querer levar a cabo as mudanças nas regras da aposentadoria.
Segundo o presidente, quando ele assumiu o País em 2016, a economia brasileira estava um "desastre". "Com certeza, há muito por fazer. Mas temos consciência tranquila de que estamos deixando o governo pronto para a próxima administração." Na matéria, a agência de notícias citou que, no governo atual, o teto de gastos e a reforma trabalhista foram aprovadas e que a economia voltou a crescer modestamente no ano passado (1%), após ter contração de mais de 3% em 2015 e 2016.
A AP ainda destacou a baixa aprovação do governo Temer, dizendo que chegou a ser de apenas 3%, e ressaltou ainda que candidatos à Presidência que já foram aliados do atual presidente querem se distanciar dele.
O emedebista minimizou essa questão e disse que seu governo será respeitado com o tempo. Ele afirmou que as reformas não são populares e que as pessoas reagem negativamente a tentativas de mudança. "A história vai reconhecer as conquistas", afirmou Temer, que mais cedo havia dito a empresários que vai tentar convencer o Congresso a votar a reforma da Previdência ainda este ano após as eleições. Fonte: Associated Press.