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TCU vê "irregularidades graves" em Angra 3 e ameaça punições

Todas as empresas são também investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura irregularidades em estatais e pagamento de propina

Obra da Angra 3: apesar da recomendação do TCU, a construção da usina em Angra dos Reis (RJ) está paralisada desde setembro de 2015 (Divulgação/Eletronuclear)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2016 às 16h15.

São Paulo - O Tribunal de Contas da União ( TCU ) recomendou a suspensão das obras da usina nuclear de Angra 3, da Eletrobras , por "indícios de irregularidades graves", e ainda ameaçou declarar a inidoneidade das sete construtoras envolvidas no empreendimento, orçado em 17 bilhões de reais, segundo comunicado nesta segunda-feira.

O consórcio responsável pelas obras era formado por UTC Engenharia, Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) e Techint Engenharia, que se declaradas inidôneas seriam proibidas firmar contratos com a administração pública.

Todas as empresas são também investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura irregularidades em estatais e pagamento de propina a políticos e partidos.

Segundo o TCU, as irregularidades em Angra foram apuradas em trabalhos de auditoria, pela Lava Jato e por acordo de leniência firmado entre Camargo Corrêa, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Ministério Público Federal.

O ex-presidente da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras que constrói Angra 3, Othon Pinheiro, é réu na Justiça Federal do Rio de Janeiro junto a mais 13 pessoas por acusações de corrupção e outros crimes nos contratos da usina nuclear.

Procurada, a Andrade Gutierrez disse que não iria comentar. A UTC afirmou que "não comenta investigações em andamento".

Camargo Corrêa, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão e Techint não responderam imediatamente. A Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) não foi localizada para comentar.

Obras já paradas

Apesar da recomendação do TCU, a construção da usina em Angra dos Reis (RJ) está paralisada desde setembro de 2015, após as construtoras pedirem para abandonar o projeto e a Eletrobras suspender o contrato de montagem eletromecânica da central nuclear.

Em meio aos problemas do empreendimento com a Justiça e às dificuldades financeiras para retomar as obras, a Eletrobras realizou baixas contábeis de quase 5 bilhões de reais referentes à usina nuclear em 2015.

No final de março, o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, afirmou que espera retomar as obras de Angra 3 ainda no primeiro semestre, com previsão de conclusão em 2020.

Segundo a Eletronuclear, já foram investidos 5,3 bilhões de reais na construção da usina, que inicialmente tinha a operação estimada para 2015.

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O consórcio responsável pelas obras era formado por UTC Engenharia, Norberto Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) e Techint Engenharia, que se declaradas inidôneas seriam proibidas firmar contratos com a administração pública.

Todas as empresas são também investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura irregularidades em estatais e pagamento de propina a políticos e partidos.

Segundo o TCU, as irregularidades em Angra foram apuradas em trabalhos de auditoria, pela Lava Jato e por acordo de leniência firmado entre Camargo Corrêa, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Ministério Público Federal.

O ex-presidente da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras que constrói Angra 3, Othon Pinheiro, é réu na Justiça Federal do Rio de Janeiro junto a mais 13 pessoas por acusações de corrupção e outros crimes nos contratos da usina nuclear.

Procurada, a Andrade Gutierrez disse que não iria comentar. A UTC afirmou que "não comenta investigações em andamento".

Camargo Corrêa, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão e Techint não responderam imediatamente. A Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) não foi localizada para comentar.

Obras já paradas

Apesar da recomendação do TCU, a construção da usina em Angra dos Reis (RJ) está paralisada desde setembro de 2015, após as construtoras pedirem para abandonar o projeto e a Eletrobras suspender o contrato de montagem eletromecânica da central nuclear.

Em meio aos problemas do empreendimento com a Justiça e às dificuldades financeiras para retomar as obras, a Eletrobras realizou baixas contábeis de quase 5 bilhões de reais referentes à usina nuclear em 2015.

No final de março, o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, afirmou que espera retomar as obras de Angra 3 ainda no primeiro semestre, com previsão de conclusão em 2020.

Segundo a Eletronuclear, já foram investidos 5,3 bilhões de reais na construção da usina, que inicialmente tinha a operação estimada para 2015.

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