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Supremo revoga prisão domiciliar de Bumlai, preso na Lava Jato

O empresário, condenado a mais de nove anos de prisão por Moro, ficará em liberdade e deverá cumprir medidas cautelares

José Carlos Bumlai: o empresário é acusado pelo Ministério Público Federal de usar contratos firmados com a Petrobras para quitar um empréstimo com o Banco Schahin (Rodolfo Buhrer/ Reuters)

José Carlos Bumlai: o empresário é acusado pelo Ministério Público Federal de usar contratos firmados com a Petrobras para quitar um empréstimo com o Banco Schahin (Rodolfo Buhrer/ Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de abril de 2017 às 16h12.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (25) revogar a prisão domiciliar do empresário José Carlos Bumlai, condenado a mais de nove anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato.

Com a decisão, Bumlai ficará em liberdade e deverá cumprir medidas cautelares, que deverão ser concedidas e fiscalizadas pela primeira instância.

A decisão tomada pelo colegiado derruba liminar deferida pelo antigo relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, que morreu em janeiro.

Em decisão individual, proferida em novembro do ano passado, Zavascki autorizou a prisão domiciliar para que Bumlai possa passar por um tratamento médico contra um câncer na bexiga.

Ao recorrer ao Supremo, a defesa do empresário defendeu a substituição da prisão domiciliar por medidas cautelares de forma definitiva, tese que foi aceita pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello.

O relator, Edson Fachin, e Ricardo Lewandowski foram vencidos ao votarem a favor da manutenção da prisão domiciliar e pela decisão de Teori.

Bumlai é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de usar contratos firmados com a Petrobras para quitar um empréstimo com o Banco Schahin.

Para os investigadores da Lava Jato, um empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da empreiteira Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Pela acusação, investigada na Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato, o empresário foi condenado a mais de nove anos de prisão.

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