Suguem mais, diz Aécio sobre aliados do governo
O candidato do PSDB à Presidência disse que novos dissidentes da base de Dilma vão aderir à sua candidatura
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2014 às 08h21.
Brasília - Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves disse ontem que novos dissidentes da base de presidente Dilma Rousseff vão aderir à sua candidatura - o prazo para a definição das coligações é segunda-feira.
Segundo o tucano, o governo não percebeu esse movimento porque alguns ainda "vão sugar mais um pouquinho" antes de anunciarem adesão ao seu projeto.
"Tem muito mais gente que já desembarcou e o governo ainda não percebeu. Porque vão sugar mais um pouquinho do governo até o final. E eu digo a eles: Façam isso mesmo. Suguem o que puderem e venham para nós", provocou o candidato, sem dizer sobre quais legendas ou lideranças se referia.
Para Aécio, Dilma "ainda vai se decepcionar muito em sua campanha".
"Esses que hoje posam ao seu lado em razão de ministérios atendidos, liberação de favores, nem esses ela vai encontrar durante a campanha eleitoral", declarou em uma referência ao PR, que exigiu a substituição do Ministro dos Transportes César Borges por Paulo Sérgio Passos.
O candidato tucano disse também que espera conseguir fechar novos acordos políticos no Nordeste, considerado estratégico para sua candidatura pela hegemonia que o PT tem obtido na região nas três últimas eleições.
Após costurar alianças importantes na Bahia, Piauí e Maranhão com dissidentes da base governista, o próximo alvo está no Ceará.
"Esperamos ter novidades no Nordeste nas próximas 48 horas", afirmou, se referindo a uma possível aliança do PSDB com o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), com quem diz ter "conversas avançadas".
A ideia é que o tucano Tasso Jereissati dispute uma vaga ao Senado na chapa ao governo liderada por Eunício.
Aécio ainda comentou a informação de que a bancada do PTB na Câmara poderia manter apoio à Dilma.
"Não é isso que vai alterar meu projeto de governo. Vou lutar com as armas que eu tenho, apontando esses abusos enormes do governo. Cada partido vai tomar seu caminho. Não tenho a oferecer a nenhum aliado nada a não ser minha história de vida e esperança. Quem quiser se unir a nós será muito bem-vindo", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.