SP tem 679 mortes por covid-19 em 24h, o mais alto registro da pandemia
A taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 em todo o estado vem crescendo também e atingiu 90%
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de março de 2021 às 17h27.
Última atualização em 16 de março de 2021 às 18h19.
São Paulo registrou um triste recorde nesta terça-feira, 16, com o maior número de mortes por covid-19 registradas em 24 horas. O estado contabilizou 679 óbitos, acumulando um total de 64.902 desde o início da pandemia.
A marca anterior tinha sido registrada na sexta-feira da semana passada, 12, com 521 mortes. Os dados mostram que a pandemia está atingindo um momento crítico em São Paulo, que já tem um recorde de 24.992 pessoas internadas, sendo 10.756 pacientes em UTI e 14.236 em enfermaria.
A taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 em todo o estado vem crescendo também e atingiu 90% — na Grande São Paulo a taxa de ocupação é de 90,6%. Há duas semanas, os índices estavam abaixo de 80%. Nas últimas 24 horas ainda foram registrados 17.684 novos casos de covid-19 e o estado chegou a um total de 2.225.926 infectados.
Para tentar frear o avanço da pandemia de covid-19 nas cidades paulistas, o governo estadual decretou a fase emergencial do Plano São Paulo, com medidas mais duras de restrição. A nova fase começou na segunda-feira, 15, e vai durar pelo menos até 30 de março.
Hospitais privados pedem leitos no SUS
Pelo menos 30 solicitações por leitos foram feitas porhospitais privadospara arede pública de saúde na capital nos últimos quatro dias. Até o momento, 15 hospitais fizeram os pedidos. A informação foi confirmada pelo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, ao Estadão. As solicitações ocorrem em um momento em que o aumento dos casos de covid-19 pressiona hospitais públicos e privados do estado.
Em entrevista à rádio CBN, Aparecido informou que os pedidos foram feitos diante do quadro de lotação dos hospitais.
"Nós, nos últimos quatro dias, tivemos a solicitação de 30 leitos de enfermaria e de UTI para poder atender a um conjunto de hospitais privados e de convênio, que já estão com seus equipamentos completamente esgotados e lotados para que a gente pudesse atender esses pacientes."