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Sistema de água em São Paulo pode entrar em colapso até 2024

O abastecimento de água em parte do estado entrará em colapso caso não sejam construídos novos reservatórios, em cinco anos, segundo analistas

O Sistema Cantareira não dará conta da demanda, decorrente do crescimento demográfico e industrial previsto para o período, avaliam técnicos (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 08h30.

Campinas - O abastecimento de água em metade da Grande São Paulo e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba entrará em colapso até 2024, caso não sejam construídos novos reservatórios, em cinco anos.

A avaliação faz parte das discussões para a renovação de outorga do Sistema Cantareira, que reorganizará a distribuição da água. O prazo para que os órgãos envolvidos na operação entreguem as propostas para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) vence nesta sexta-feira, 8.

O Sistema Cantareira - o maior produtor de água dessas regiões e responsável pelo abastecimento de 14 milhões de moradores - não dará conta da demanda, decorrente do crescimento demográfico e industrial previsto para o período.

A afirmação é de órgãos técnicos e entidades ligadas ao setor que alertam que governos e empresas de água terão de buscar novas fontes de recursos hídricos para suprir esse consumo.

Só com o crescimento populacional médio anual estimado em 1% para a Grande São Paulo e 4% para a região de Campinas, será necessária a produção de água suficiente para abastecer 400 mil moradores a mais a cada ano.

"Vamos começar com racionamento de água e terminar no colapso. Se três reservatórios previstos não forem construídos, o colapso é certo. Eles são prioritários, questão de vida ou morte", afirma o secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, entidade que representa 75 cidades abrangidas pela bacia e grandes empresas usuárias da água, Francisco Lahoz.


Com um novo cenário de desenvolvimento, com o interior crescendo em ritmo mais acelerado, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) aprovou nesta quinta-feira, 7, um pedido de aumento da vazão de água para o interior para 8 mil litros por segundo. O Consórcio do PCJ - entidade que faz parte do Comitê - prevê um cenário pior.

Calculou que, em 10 anos, a região de Campinas precisará de até 18 mil litros por segundo - 13 mil litros por segundo mais do que usa atualmente.

"Não é uma questão de nós nos digladiarmos, mas sem novas represas, vamos precisar de mais água no interior e liberar cada vez mais as comportas do Cantareira. Dessa forma, vai chegar uma hora que vamos ter que reduzir a vazão para São Paulo", afirma Lahoz.

Conflito

A questão é que a Grande São Paulo é dependente da água produzida pelo Cantareira. "Com a demanda que existe na Região Metropolitana de São Paulo, é fundamental que seja mantida essa vazão de 33 mil litros de água por segundo para que não exista o colapso", afirmou o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massatto.

A entidade já encaminhou aos órgãos da União e Estado documento em que defende a manutenção dos atuais valores na divisão da água produzida no sistema. Só na capital, 60% dos imóveis recebem a água. A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos trabalha para evitar o conflito entre os municípios e Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Campinas - O abastecimento de água em metade da Grande São Paulo e nas regiões de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba entrará em colapso até 2024, caso não sejam construídos novos reservatórios, em cinco anos.

A avaliação faz parte das discussões para a renovação de outorga do Sistema Cantareira, que reorganizará a distribuição da água. O prazo para que os órgãos envolvidos na operação entreguem as propostas para a Agência Nacional de Águas (ANA) e para o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) vence nesta sexta-feira, 8.

O Sistema Cantareira - o maior produtor de água dessas regiões e responsável pelo abastecimento de 14 milhões de moradores - não dará conta da demanda, decorrente do crescimento demográfico e industrial previsto para o período.

A afirmação é de órgãos técnicos e entidades ligadas ao setor que alertam que governos e empresas de água terão de buscar novas fontes de recursos hídricos para suprir esse consumo.

Só com o crescimento populacional médio anual estimado em 1% para a Grande São Paulo e 4% para a região de Campinas, será necessária a produção de água suficiente para abastecer 400 mil moradores a mais a cada ano.

"Vamos começar com racionamento de água e terminar no colapso. Se três reservatórios previstos não forem construídos, o colapso é certo. Eles são prioritários, questão de vida ou morte", afirma o secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, entidade que representa 75 cidades abrangidas pela bacia e grandes empresas usuárias da água, Francisco Lahoz.


Com um novo cenário de desenvolvimento, com o interior crescendo em ritmo mais acelerado, o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) aprovou nesta quinta-feira, 7, um pedido de aumento da vazão de água para o interior para 8 mil litros por segundo. O Consórcio do PCJ - entidade que faz parte do Comitê - prevê um cenário pior.

Calculou que, em 10 anos, a região de Campinas precisará de até 18 mil litros por segundo - 13 mil litros por segundo mais do que usa atualmente.

"Não é uma questão de nós nos digladiarmos, mas sem novas represas, vamos precisar de mais água no interior e liberar cada vez mais as comportas do Cantareira. Dessa forma, vai chegar uma hora que vamos ter que reduzir a vazão para São Paulo", afirma Lahoz.

Conflito

A questão é que a Grande São Paulo é dependente da água produzida pelo Cantareira. "Com a demanda que existe na Região Metropolitana de São Paulo, é fundamental que seja mantida essa vazão de 33 mil litros de água por segundo para que não exista o colapso", afirmou o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massatto.

A entidade já encaminhou aos órgãos da União e Estado documento em que defende a manutenção dos atuais valores na divisão da água produzida no sistema. Só na capital, 60% dos imóveis recebem a água. A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos trabalha para evitar o conflito entre os municípios e Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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