Sigilo sobre delação poderia gerar crise, diz Janot
A manutenção do sigilo da delação de Sérgio Machado poderia causar uma crise institucional entre os poderes, segundo Rodrigo Janot
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2016 às 23h42.
Brasília - Ao manifestar-se pelo fim do segredo sob a delação do ex-diretor da Transpetro Rodrigo Machado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot , disse que a manutenção do sigilo poderia causar uma crise institucional entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Janot também chamou de "criminosos" os vazamentos de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB que tinham como base o depoimento de Machado. A falta do contexto das declarações do ex-executivo gerava, segundo ele, especulações distorcidas a respeito de sua atuação na Procuradoria-Geral da República.
"A manutenção do sigilo da íntegra dos áudios, dos depoimentos prestados pelos colaboradores e do próprio pedido de prisão hoje é nocivo à efetividade das investigações e pode desencadear uma crise institucional entre os Poderes", escreveu o procurador-geral da República na peça.
Janot diz que, "certamente", o responsável pelo vazamento dos pedidos de prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-senador José Sarney (PMDB-MA) tinham "clara intenção de esvaziá-los".
Embora não tenha como base a delação de Machado, também acabou vazando um pedido de prisão contra o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gerando uma situação atípica no Supremo Tribunal Federal (STF). O alvo do pedido foi autorizado a se manifestar sobre a possibilidade de ser preso antes de uma decisão sobre o caso.
Alvo de inúmeras críticas sobre a condução do caso, Janot fez, na semana passada um pronunciamento duro, em que negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos como forma de pressionar o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, a decidir pela prisão dos políticos.
Em resposta às críticas de que dá prioridade a inquéritos contra políticos específicos e se concentra em investigar membros de determinados partidos em detrimento de outros, Janot disse que não faz distinção entre os investigados, não tem "transgressores preferidos" e que não atua como justiceiro.
A polêmica resultou em um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República protocolado no Senado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Renan afirmou que já rejeitou cinco peças semelhantes, mas que essa ele irá avaliar e anunciou que terá uma resposta sobre o assunto na semana que vem.
Brasília - Ao manifestar-se pelo fim do segredo sob a delação do ex-diretor da Transpetro Rodrigo Machado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot , disse que a manutenção do sigilo poderia causar uma crise institucional entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Janot também chamou de "criminosos" os vazamentos de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB que tinham como base o depoimento de Machado. A falta do contexto das declarações do ex-executivo gerava, segundo ele, especulações distorcidas a respeito de sua atuação na Procuradoria-Geral da República.
"A manutenção do sigilo da íntegra dos áudios, dos depoimentos prestados pelos colaboradores e do próprio pedido de prisão hoje é nocivo à efetividade das investigações e pode desencadear uma crise institucional entre os Poderes", escreveu o procurador-geral da República na peça.
Janot diz que, "certamente", o responsável pelo vazamento dos pedidos de prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-senador José Sarney (PMDB-MA) tinham "clara intenção de esvaziá-los".
Embora não tenha como base a delação de Machado, também acabou vazando um pedido de prisão contra o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gerando uma situação atípica no Supremo Tribunal Federal (STF). O alvo do pedido foi autorizado a se manifestar sobre a possibilidade de ser preso antes de uma decisão sobre o caso.
Alvo de inúmeras críticas sobre a condução do caso, Janot fez, na semana passada um pronunciamento duro, em que negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos como forma de pressionar o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, a decidir pela prisão dos políticos.
Em resposta às críticas de que dá prioridade a inquéritos contra políticos específicos e se concentra em investigar membros de determinados partidos em detrimento de outros, Janot disse que não faz distinção entre os investigados, não tem "transgressores preferidos" e que não atua como justiceiro.
A polêmica resultou em um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República protocolado no Senado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Renan afirmou que já rejeitou cinco peças semelhantes, mas que essa ele irá avaliar e anunciou que terá uma resposta sobre o assunto na semana que vem.