Exame Logo

Sigilo sobre delação poderia gerar crise, diz Janot

A manutenção do sigilo da delação de Sérgio Machado poderia causar uma crise institucional entre os poderes, segundo Rodrigo Janot

Rodrigo Janot: Janot também chamou de "criminosos" os vazamentos de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 23h42.

Brasília - Ao manifestar-se pelo fim do segredo sob a delação do ex-diretor da Transpetro Rodrigo Machado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot , disse que a manutenção do sigilo poderia causar uma crise institucional entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Janot também chamou de "criminosos" os vazamentos de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB que tinham como base o depoimento de Machado. A falta do contexto das declarações do ex-executivo gerava, segundo ele, especulações distorcidas a respeito de sua atuação na Procuradoria-Geral da República.

"A manutenção do sigilo da íntegra dos áudios, dos depoimentos prestados pelos colaboradores e do próprio pedido de prisão hoje é nocivo à efetividade das investigações e pode desencadear uma crise institucional entre os Poderes", escreveu o procurador-geral da República na peça.

Janot diz que, "certamente", o responsável pelo vazamento dos pedidos de prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-senador José Sarney (PMDB-MA) tinham "clara intenção de esvaziá-los".

Embora não tenha como base a delação de Machado, também acabou vazando um pedido de prisão contra o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gerando uma situação atípica no Supremo Tribunal Federal (STF). O alvo do pedido foi autorizado a se manifestar sobre a possibilidade de ser preso antes de uma decisão sobre o caso.

Alvo de inúmeras críticas sobre a condução do caso, Janot fez, na semana passada um pronunciamento duro, em que negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos como forma de pressionar o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, a decidir pela prisão dos políticos.

Em resposta às críticas de que dá prioridade a inquéritos contra políticos específicos e se concentra em investigar membros de determinados partidos em detrimento de outros, Janot disse que não faz distinção entre os investigados, não tem "transgressores preferidos" e que não atua como justiceiro.

A polêmica resultou em um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República protocolado no Senado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Renan afirmou que já rejeitou cinco peças semelhantes, mas que essa ele irá avaliar e anunciou que terá uma resposta sobre o assunto na semana que vem.

Veja também

Brasília - Ao manifestar-se pelo fim do segredo sob a delação do ex-diretor da Transpetro Rodrigo Machado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot , disse que a manutenção do sigilo poderia causar uma crise institucional entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Janot também chamou de "criminosos" os vazamentos de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB que tinham como base o depoimento de Machado. A falta do contexto das declarações do ex-executivo gerava, segundo ele, especulações distorcidas a respeito de sua atuação na Procuradoria-Geral da República.

"A manutenção do sigilo da íntegra dos áudios, dos depoimentos prestados pelos colaboradores e do próprio pedido de prisão hoje é nocivo à efetividade das investigações e pode desencadear uma crise institucional entre os Poderes", escreveu o procurador-geral da República na peça.

Janot diz que, "certamente", o responsável pelo vazamento dos pedidos de prisão contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-senador José Sarney (PMDB-MA) tinham "clara intenção de esvaziá-los".

Embora não tenha como base a delação de Machado, também acabou vazando um pedido de prisão contra o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), gerando uma situação atípica no Supremo Tribunal Federal (STF). O alvo do pedido foi autorizado a se manifestar sobre a possibilidade de ser preso antes de uma decisão sobre o caso.

Alvo de inúmeras críticas sobre a condução do caso, Janot fez, na semana passada um pronunciamento duro, em que negou que a PGR tenha sido responsável pelos vazamentos como forma de pressionar o relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, a decidir pela prisão dos políticos.

Em resposta às críticas de que dá prioridade a inquéritos contra políticos específicos e se concentra em investigar membros de determinados partidos em detrimento de outros, Janot disse que não faz distinção entre os investigados, não tem "transgressores preferidos" e que não atua como justiceiro.

A polêmica resultou em um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República protocolado no Senado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). Renan afirmou que já rejeitou cinco peças semelhantes, mas que essa ele irá avaliar e anunciou que terá uma resposta sobre o assunto na semana que vem.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasPolíticaRodrigo JanotServiçosTranspetro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame