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Ser de família rica ou pobre faz diferença brutal no Enem

No Enem, estar na base ou no topo da pirâmide sócio-econômica faz nota média da redação variar 40%, segundo levantamento do jornal O Globo. Prova será neste fim de semana

Sala de aula: a nota média de alunos cujas famílias têm renda de um salário mínimo é 460, número que cresce para 642 quando a renda familiar aumenta para 15 salários  (Flickr/Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h52.

São Paulo – Uma das partes mais temidas pelos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ), a redação é um espelho da distância entre o desempenho de alunos mais pobres e ricos do país. A nota média de estudantes cuja renda familiar é de 15 a 30 salários mínimos é 40% superior à média daqueles cuja família tenha renda de apenas um salário mínimo.

Os dados são do Inep, instituto vinculado ao Ministério da Educação , e foram tabulados pelo jornal O Globo.

Segundo o levantamento, a nota dos participantes de famílias que ganham até R$ 545 (equivalente a um salário mínimo em 2011, época do último Enem com dados disponíveis) é de 460, contra 642 daqueles cuja renda da casa varia entre R$ 8.175 e R$ 16.350 (15 a 30 salários mínimos ).

Os números mostram que a desigualdade se apresenta também nas redes privada e pública. Nas primeiras, a nota média é 486 pontos, nos casos das estaduais, e 498, no das municipais. Nas privadas, é 612 – ou 26% a mais que a verificada nos centros mantidos pelos governos estaduais.

Os fatos estão interligados: a maior parte dos alunos de baixa renda estão em escolas públicas, mas a diferença está presente até mesmo quando se observa o desempenho dentro de uma mesma rede.

Desigualdade de oportunidades

Ao tornar a renda um elemento extremamente relevante no sucesso escolar – independentemente das razões - o Brasil vai contra um dos entendimentos primordiais de especialistas, de que a boa educação pública é aquela que equaliza oportunidades.

Países como Finlândia são justamente elogiados por caminhar nessa direção. Não que todos alunos apresentem o mesmo rendimento – o que não seria desejável nem possível – mas há um patamar mínimo e equilibrado entre as escolas para que alunos de menor renda possam competir com aqueles que vêm de famílias ricas.

No Brasil, os estados que apresentaram a menor distância entre a parcela mais rica e pobre dos alunos foram Santa Catarina e Amapá, onde a diferença foi de 27% - menor que os 40% do país, portanto. Piauí está na ponta oposta, com 50%.

O Enem 2013 ocorre neste fim de semana, nos dias 26 e 27 de outubro.

São Paulo – Uma das partes mais temidas pelos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ), a redação é um espelho da distância entre o desempenho de alunos mais pobres e ricos do país. A nota média de estudantes cuja renda familiar é de 15 a 30 salários mínimos é 40% superior à média daqueles cuja família tenha renda de apenas um salário mínimo.

Os dados são do Inep, instituto vinculado ao Ministério da Educação , e foram tabulados pelo jornal O Globo.

Segundo o levantamento, a nota dos participantes de famílias que ganham até R$ 545 (equivalente a um salário mínimo em 2011, época do último Enem com dados disponíveis) é de 460, contra 642 daqueles cuja renda da casa varia entre R$ 8.175 e R$ 16.350 (15 a 30 salários mínimos ).

Os números mostram que a desigualdade se apresenta também nas redes privada e pública. Nas primeiras, a nota média é 486 pontos, nos casos das estaduais, e 498, no das municipais. Nas privadas, é 612 – ou 26% a mais que a verificada nos centros mantidos pelos governos estaduais.

Os fatos estão interligados: a maior parte dos alunos de baixa renda estão em escolas públicas, mas a diferença está presente até mesmo quando se observa o desempenho dentro de uma mesma rede.

Desigualdade de oportunidades

Ao tornar a renda um elemento extremamente relevante no sucesso escolar – independentemente das razões - o Brasil vai contra um dos entendimentos primordiais de especialistas, de que a boa educação pública é aquela que equaliza oportunidades.

Países como Finlândia são justamente elogiados por caminhar nessa direção. Não que todos alunos apresentem o mesmo rendimento – o que não seria desejável nem possível – mas há um patamar mínimo e equilibrado entre as escolas para que alunos de menor renda possam competir com aqueles que vêm de famílias ricas.

No Brasil, os estados que apresentaram a menor distância entre a parcela mais rica e pobre dos alunos foram Santa Catarina e Amapá, onde a diferença foi de 27% - menor que os 40% do país, portanto. Piauí está na ponta oposta, com 50%.

O Enem 2013 ocorre neste fim de semana, nos dias 26 e 27 de outubro.

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