Sem Lula, PT celebra 32 anos e ataca pragmatismo exagerado
A presidente Dilma Rousseff, numa rara aparição a um evento partidário sem Lula, também citou as alianças do seu governo, e agradeceu a base aliada, que tem se demonstrado "leal"
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 15h13.
São Paulo - O PT celebrou 32 anos nesta sexta-feira defendendo alianças "sem pragmatismo exagerado", mas a estrela do partido brilhou menos com a ausência de seu maior nome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz tratamento contra um câncer.
A presidente Dilma Rousseff, numa rara aparição a um evento partidário sem Lula, também citou as alianças do seu governo, e agradeceu a base aliada, que tem se demonstrado "leal".
"Nosso governo em primeiro lugar é resultado de uma coalizão de partidos, estruturado em torno de um programa político que foi submetido à vontade popular", disse. "Essa coalizão tem se revelado leal e eficaz na sua tarefa de mudar o Brasil".
Ela disse que herdou um país de "crescimento continuado na economia", "inclusão social" e "equilíbrio macroeconômico", mas afirmou que é "preciso avançar mais". Reafirmou que o país continuará crescendo e gerando empregos.
Falando antes, o presidente do PT, Rui Falcão, pediu que o partido não se deixasse "levar por um pragmatismo exacerbado".
"Devemos levar isso em conta em todas as disputas. O nosso norte deve ser a construção de programas que atendam às necessidades da população", disse ele ao descartar alianças com PSDB, DEM e PPS nas eleições de outubro.
A fala do dirigente deu-se após manifestações contrárias à presença do prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, que foi vaiado ao ter seu nome anunciado no evento, e por diversas vezes ouviu da plateia "Fora Kassab".
Chamado de "aliado" nesta noite, Kassab tenta costurar uma aliança para apoiar a candidatura do petista Fernando Haddad à sua sucessão. Haddad declarou que o prefeito paulistano era "bem-vindo" à comemoração petista.
"Nossa prioridade é manter e intensificar os entendimentos com os partidos da base aliada da presidenta Dilma", disse, sobre um eventual apoio do PSD à sua candidatura.
A senadora Marta Suplicy, preterida por Haddad dentro do PT, ausentou-se do encontro. Enviou uma carta na qual disse que o partido deve seguir sua trajetória dos últimos 30 anos e "fazer valer nossas bandeiras sem abrir mão de nossos princípios".
Sem Lula
Lula, que tem se submetido nos últimos meses a um tratamento contra um câncer na laringe, enviou uma mensagem que foi lida por Falcão, num dos pontos altos da noite.
"O meu tratamento de saúde entrou em sua etapa final e devo manter a rigorosa disciplina mantida até agora para que a cura seja completa e eu volte o mais rápido possível à militância social e política que tanto nos apaixona e mobiliza", disse Lula na carta.
"Quero estar com vocês muitas e muitas vezes nos próximos meses e anos vindouros, participando intensamente das lutas promovidas pelo PT", disse o ex-presidente.
São Paulo - O PT celebrou 32 anos nesta sexta-feira defendendo alianças "sem pragmatismo exagerado", mas a estrela do partido brilhou menos com a ausência de seu maior nome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz tratamento contra um câncer.
A presidente Dilma Rousseff, numa rara aparição a um evento partidário sem Lula, também citou as alianças do seu governo, e agradeceu a base aliada, que tem se demonstrado "leal".
"Nosso governo em primeiro lugar é resultado de uma coalizão de partidos, estruturado em torno de um programa político que foi submetido à vontade popular", disse. "Essa coalizão tem se revelado leal e eficaz na sua tarefa de mudar o Brasil".
Ela disse que herdou um país de "crescimento continuado na economia", "inclusão social" e "equilíbrio macroeconômico", mas afirmou que é "preciso avançar mais". Reafirmou que o país continuará crescendo e gerando empregos.
Falando antes, o presidente do PT, Rui Falcão, pediu que o partido não se deixasse "levar por um pragmatismo exacerbado".
"Devemos levar isso em conta em todas as disputas. O nosso norte deve ser a construção de programas que atendam às necessidades da população", disse ele ao descartar alianças com PSDB, DEM e PPS nas eleições de outubro.
A fala do dirigente deu-se após manifestações contrárias à presença do prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, que foi vaiado ao ter seu nome anunciado no evento, e por diversas vezes ouviu da plateia "Fora Kassab".
Chamado de "aliado" nesta noite, Kassab tenta costurar uma aliança para apoiar a candidatura do petista Fernando Haddad à sua sucessão. Haddad declarou que o prefeito paulistano era "bem-vindo" à comemoração petista.
"Nossa prioridade é manter e intensificar os entendimentos com os partidos da base aliada da presidenta Dilma", disse, sobre um eventual apoio do PSD à sua candidatura.
A senadora Marta Suplicy, preterida por Haddad dentro do PT, ausentou-se do encontro. Enviou uma carta na qual disse que o partido deve seguir sua trajetória dos últimos 30 anos e "fazer valer nossas bandeiras sem abrir mão de nossos princípios".
Sem Lula
Lula, que tem se submetido nos últimos meses a um tratamento contra um câncer na laringe, enviou uma mensagem que foi lida por Falcão, num dos pontos altos da noite.
"O meu tratamento de saúde entrou em sua etapa final e devo manter a rigorosa disciplina mantida até agora para que a cura seja completa e eu volte o mais rápido possível à militância social e política que tanto nos apaixona e mobiliza", disse Lula na carta.
"Quero estar com vocês muitas e muitas vezes nos próximos meses e anos vindouros, participando intensamente das lutas promovidas pelo PT", disse o ex-presidente.