Sem consenso, tucanos paulistas recorrem a FHC
O PSDB convocou o ex-presidente FHC para buscar um consenso interno enquanto líderes do partido já falam em desistir das prévias marcadas para fevereiro
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 10h34.
São Paulo - Sem saber o que fazer diante do acirramento da disputa pela vaga de candidato à Prefeitura de São Paulo, o PSDB convocou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para buscar um consenso interno enquanto líderes do partido já falam em desistir das prévias marcadas para o dia 28 de fevereiro.
Depois de declarar em setembro seu apoio ao vereador Andrea Matarazzo, um dos três inscritos nas prévias, FHC convocou o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, para uma reunião que deve ocorrer na tarde desta quarta-feira, 27, na sede de seu instituto, na região central da capital.
O encontro não consta da agenda oficial do ex-presidente. Além de Matarazzo, também estão na disputa o empresário João Doria Jr. e o deputado Ricardo Tripoli. As inscrições serão encerradas na quinta-feira, 28.
Até o fim da semana FHC deve comandar outra reunião, mas desta vez com a presença do senador José Serra, do governador Geraldo Alckmin e do ex-governador Alberto Goldman.
A avaliação dos tucanos é que as prévias "descambaram" para uma disputa fratricida e que o nome eleito pela base não terá apoio dos rivais na campanha.
"O PT entrará desgastado na campanha enquanto nós estamos nos matando. Um (pré-candidato) fica acusando o outro. Virou guerra. Quem ganhar (a prévia) ficará sozinho", diz o deputado Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista. Uma solução para o impasse, segundo ele, seria a entrada de Serra na disputa.
'Tiro no pé'
Secretário-geral do diretório nacional do partido, o deputado Silvio Torres demonstra a mesma preocupação.
"As prévias foram concebidas para transformar a disputa interna em uma mobilização que pudesse levar o PSDB a um patamar melhor na disputa. Mas ela pode se transformar em um tiro no pé com o acirramento e a possibilidade de os pré-candidatos derrotados não apoiarem o vencedor", disse.
Vice-presidente do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman segue a mesma linha. "Nunca gostei de prévias. Participei de uma quando eu estava no PMDB e foi um desastre."
Alheios à resistência ao processo de escolha, os três postulantes fizeram uma reunião tensa nesta terça-feira, 26. Ficou definido que a votação será por meio de uma sistema eletrônico que simula as urnas s do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não houve consenso sobre o formato dos debates.
"Se já tivéssemos escolhido o nome do PSDB seria diferente e não haveria esse desgaste", diz Mário Covas Neto, presidente do partido na capital.
João Doria reagiu às críticas. "Agora que é nítido que estamos na frente estão desqualificando as prévias. Implodir o processo não seria democrático." Andrea Matarazzo, por sua vez, minimiza as reclamações.
"Se todos que estão na disputa têm militância e estão afinados com as bandeiras do partido, não tem por que ser ruim."
São Paulo - Sem saber o que fazer diante do acirramento da disputa pela vaga de candidato à Prefeitura de São Paulo, o PSDB convocou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para buscar um consenso interno enquanto líderes do partido já falam em desistir das prévias marcadas para o dia 28 de fevereiro.
Depois de declarar em setembro seu apoio ao vereador Andrea Matarazzo, um dos três inscritos nas prévias, FHC convocou o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, para uma reunião que deve ocorrer na tarde desta quarta-feira, 27, na sede de seu instituto, na região central da capital.
O encontro não consta da agenda oficial do ex-presidente. Além de Matarazzo, também estão na disputa o empresário João Doria Jr. e o deputado Ricardo Tripoli. As inscrições serão encerradas na quinta-feira, 28.
Até o fim da semana FHC deve comandar outra reunião, mas desta vez com a presença do senador José Serra, do governador Geraldo Alckmin e do ex-governador Alberto Goldman.
A avaliação dos tucanos é que as prévias "descambaram" para uma disputa fratricida e que o nome eleito pela base não terá apoio dos rivais na campanha.
"O PT entrará desgastado na campanha enquanto nós estamos nos matando. Um (pré-candidato) fica acusando o outro. Virou guerra. Quem ganhar (a prévia) ficará sozinho", diz o deputado Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista. Uma solução para o impasse, segundo ele, seria a entrada de Serra na disputa.
'Tiro no pé'
Secretário-geral do diretório nacional do partido, o deputado Silvio Torres demonstra a mesma preocupação.
"As prévias foram concebidas para transformar a disputa interna em uma mobilização que pudesse levar o PSDB a um patamar melhor na disputa. Mas ela pode se transformar em um tiro no pé com o acirramento e a possibilidade de os pré-candidatos derrotados não apoiarem o vencedor", disse.
Vice-presidente do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman segue a mesma linha. "Nunca gostei de prévias. Participei de uma quando eu estava no PMDB e foi um desastre."
Alheios à resistência ao processo de escolha, os três postulantes fizeram uma reunião tensa nesta terça-feira, 26. Ficou definido que a votação será por meio de uma sistema eletrônico que simula as urnas s do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não houve consenso sobre o formato dos debates.
"Se já tivéssemos escolhido o nome do PSDB seria diferente e não haveria esse desgaste", diz Mário Covas Neto, presidente do partido na capital.
João Doria reagiu às críticas. "Agora que é nítido que estamos na frente estão desqualificando as prévias. Implodir o processo não seria democrático." Andrea Matarazzo, por sua vez, minimiza as reclamações.
"Se todos que estão na disputa têm militância e estão afinados com as bandeiras do partido, não tem por que ser ruim."