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Se tiver quórum, votaremos cassação de Cunha logo, diz Maia

Novo presidente da Câmara não respondeu às perguntas sobre possível envolvimento em escândalos com empreiteiros

Rodrigo Maia (DEM-RJ): "A Câmara sai de um ambiente de radicalismo e migra para um ambiente de diálogo" (REUTERS/Adriano Machado)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 16 de julho de 2016 às 06h00.

São Paulo – No que depender do novo presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ), o mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está com as horas contadas. Em entrevista a EXAME.com, o democrata foi contundente ao afirmar que colocará a pauta em discussão assim que o quórum mínimo for alcançado logo após o recesso.

“Se tiver quórum, votaremos cassação de Cunha imediatamente”, explicou Maia. “Tenho essa postura para evitar acusações posteriores de que sou responsável por prejudicar ou ajudar determinado parlamentar”.

Indagado sobre as mudanças que devem acontecer com a sua entrada no lugar de Cunha, Maia destacou que a “Câmara sai de um ambiente de radicalismo e migra para um ambiente de diálogo, o que deve ser determinante para que o país volte aos trilhos positivos”.

Veja abaixo as melhores partes da entrevista.

EXAME.com: O senhor já tem data para incluir a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha na pauta do plenário?

Rodrigo Maia: Vamos colocar em votação o mais breve possível. Só depende do quórum. Eu não posso botar para votar uma matéria dessa importância sem quórum. Tenho essa postura para evitar acusações posteriores de que sou responsável por prejudicar ou ajudar determinado parlamentar. Eu não quero marcar e ter que desmarcar.

Mas o senhor tem alguma previsão?

Vou apenas esperar que o quórum mínimo seja atingido. Quando isso acontecer, convocarei a votação da cassação de Cunha imediatamente.

A vitória do senhor para sucedê-lo no comando da Câmara dos Deputados representa alguma mudança substancial na estrutura da Casa?

Não apenas a antiga oposição, mas o parlamento como um todo sai fortalecido dessa eleição. A Câmara sai de um ambiente de radicalismo e migra para um ambiente de diálogo, o que deve ser determinante para que o país volte aos trilhos positivos.

A relação entre Cunha e o presidente do Senado,Renan Calheiros(PMDB), sempre foi marcada por destemperos. Como é sua relação com Calheiros? Acredito que isso será positivo para o país?

Sou muito mais próximo do Renan. Tanto o Renan quanto o Cunha são homens de personalidades muito fortes. Isso acabava gerando muitos atritos. Eu tenho um perfil mais conciliador, o que vai ajudar na relação com o Renan que é meu amigo.

O senhor pretende dar celeridade às votações de medidas essenciais para reequilibrar as contas públicas?

Como nos tornaremos uma Casa com melhor capacidade de diálogo, acredito que será mais rápido. Nós vamos pautar como prioridade a agenda econômica. Vamos trabalhar para que as matérias sejam votadas mais rapidamente. Sabemos da necessidade de emplaca-las para que a economia se restabeleça.

O brasileiro está cansado de ver seus principais políticos envolvidos em escândalos. Como o senhor se defende das denúncias de que teria trocado mensagens com empreiteiros falando sobre doações suspeitas?

Não tenho nada para comentar.

Acredita que isso pode ser prejudicial para seu mandato à frente da Casa?

Não posso comentar, porque realmente desconheço as denúncias.

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São Paulo – No que depender do novo presidente da Câmara dos Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ), o mandato do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está com as horas contadas. Em entrevista a EXAME.com, o democrata foi contundente ao afirmar que colocará a pauta em discussão assim que o quórum mínimo for alcançado logo após o recesso.

“Se tiver quórum, votaremos cassação de Cunha imediatamente”, explicou Maia. “Tenho essa postura para evitar acusações posteriores de que sou responsável por prejudicar ou ajudar determinado parlamentar”.

Indagado sobre as mudanças que devem acontecer com a sua entrada no lugar de Cunha, Maia destacou que a “Câmara sai de um ambiente de radicalismo e migra para um ambiente de diálogo, o que deve ser determinante para que o país volte aos trilhos positivos”.

Veja abaixo as melhores partes da entrevista.

EXAME.com: O senhor já tem data para incluir a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha na pauta do plenário?

Rodrigo Maia: Vamos colocar em votação o mais breve possível. Só depende do quórum. Eu não posso botar para votar uma matéria dessa importância sem quórum. Tenho essa postura para evitar acusações posteriores de que sou responsável por prejudicar ou ajudar determinado parlamentar. Eu não quero marcar e ter que desmarcar.

Mas o senhor tem alguma previsão?

Vou apenas esperar que o quórum mínimo seja atingido. Quando isso acontecer, convocarei a votação da cassação de Cunha imediatamente.

A vitória do senhor para sucedê-lo no comando da Câmara dos Deputados representa alguma mudança substancial na estrutura da Casa?

Não apenas a antiga oposição, mas o parlamento como um todo sai fortalecido dessa eleição. A Câmara sai de um ambiente de radicalismo e migra para um ambiente de diálogo, o que deve ser determinante para que o país volte aos trilhos positivos.

A relação entre Cunha e o presidente do Senado,Renan Calheiros(PMDB), sempre foi marcada por destemperos. Como é sua relação com Calheiros? Acredito que isso será positivo para o país?

Sou muito mais próximo do Renan. Tanto o Renan quanto o Cunha são homens de personalidades muito fortes. Isso acabava gerando muitos atritos. Eu tenho um perfil mais conciliador, o que vai ajudar na relação com o Renan que é meu amigo.

O senhor pretende dar celeridade às votações de medidas essenciais para reequilibrar as contas públicas?

Como nos tornaremos uma Casa com melhor capacidade de diálogo, acredito que será mais rápido. Nós vamos pautar como prioridade a agenda econômica. Vamos trabalhar para que as matérias sejam votadas mais rapidamente. Sabemos da necessidade de emplaca-las para que a economia se restabeleça.

O brasileiro está cansado de ver seus principais políticos envolvidos em escândalos. Como o senhor se defende das denúncias de que teria trocado mensagens com empreiteiros falando sobre doações suspeitas?

Não tenho nada para comentar.

Acredita que isso pode ser prejudicial para seu mandato à frente da Casa?

Não posso comentar, porque realmente desconheço as denúncias.

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