Saída de Graça Foster era necessária, dizem senadores
Governistas e opositores do Senado consideram que a renúncia do comando da Petrobras era necessária diante da falta de condições políticas
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 17h09.
A saída da presidente da Petrobras , Graça Foster , e de mais cinco diretores da empresa, anunciada hoje (4), repercutiu positivamente no Senado.
Governistas e oposicionistas consideram que a renúncia do comando da empresa era necessária diante da falta de condições políticas geradas pela crise vivida pela companhia.
“Acho que, de fato, não havia mais condições políticas, gerenciais, de credibilidade empresarial para manutenção da atual diretoria da Petrobras”, declarou o líder do PT, senador Humberto Costa (PE). Segundo Costa, a mudança vem “num bom momento” e deverá contribuir para a retomada da credibilidade da empresa.
Também apostando na retomada da confiabilidade, o senador Valdir Raupp (PMDB-RR) acredita que as mudanças eram necessárias e permitirão que as ações da empresa continuem subindo. Ontem (3), após os rumores da saída de Graça Foster, as ações da Petrobras subiram aproximadamente 15%.
Para Raupp, a presidenta Dilma Rousseff deverá dar um “choque de credibilidade” na escolha da nova diretoria. “Acho que ela deve escolher uma diretoria mais jovem, nova, preparada para continuar dando confiança ao mercado. Como fez na Fazenda, deve fazer na Petrobras, para dar credibilidade, de modo que a empresa possa se inserir no mercado internacional, volte a crescer e os investimentos voltem a aparecer”, disse.
Mais pessimista, a oposição considera que, apesar de necessária, a demissão da atual diretoria não deverá ter efeito nos problemas que a Petrobras enfrenta no mercado. Para o novo líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), os problemas não “desaparecerão com varinha de condão” da nova diretoria.
Conforme Caiado, a atual crise deixa efeitos de difícil superação, entre eles a dificuldade de escalar novos diretores e presidente.
“Primeiro, porque o cidadão que é acionista da Petrobras foi duramente penalizado. Depois, porque o governo está em uma crise tão dura de governabilidade, de credibilidade, que ela [Dilma] não consegue achar ninguém sério para emprestar seu currículo, sua história de vida para presidir uma empresa envolvida em um escândalo de proporções estratosféricas”, acrescentou.
O senador José Agripino avalia a saída de Graça Foster como tardiaValter Campanato/Agência Brasil
Para o senador José Agripino (DEM-RN), a saída de Graça Foster foi tardia. “Desde que o procurador-geral da República recomendou a saída da presidente Graça Foster que a providência deveria ter ocorrido", concluiu.
A saída da presidente da Petrobras , Graça Foster , e de mais cinco diretores da empresa, anunciada hoje (4), repercutiu positivamente no Senado.
Governistas e oposicionistas consideram que a renúncia do comando da empresa era necessária diante da falta de condições políticas geradas pela crise vivida pela companhia.
“Acho que, de fato, não havia mais condições políticas, gerenciais, de credibilidade empresarial para manutenção da atual diretoria da Petrobras”, declarou o líder do PT, senador Humberto Costa (PE). Segundo Costa, a mudança vem “num bom momento” e deverá contribuir para a retomada da credibilidade da empresa.
Também apostando na retomada da confiabilidade, o senador Valdir Raupp (PMDB-RR) acredita que as mudanças eram necessárias e permitirão que as ações da empresa continuem subindo. Ontem (3), após os rumores da saída de Graça Foster, as ações da Petrobras subiram aproximadamente 15%.
Para Raupp, a presidenta Dilma Rousseff deverá dar um “choque de credibilidade” na escolha da nova diretoria. “Acho que ela deve escolher uma diretoria mais jovem, nova, preparada para continuar dando confiança ao mercado. Como fez na Fazenda, deve fazer na Petrobras, para dar credibilidade, de modo que a empresa possa se inserir no mercado internacional, volte a crescer e os investimentos voltem a aparecer”, disse.
Mais pessimista, a oposição considera que, apesar de necessária, a demissão da atual diretoria não deverá ter efeito nos problemas que a Petrobras enfrenta no mercado. Para o novo líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), os problemas não “desaparecerão com varinha de condão” da nova diretoria.
Conforme Caiado, a atual crise deixa efeitos de difícil superação, entre eles a dificuldade de escalar novos diretores e presidente.
“Primeiro, porque o cidadão que é acionista da Petrobras foi duramente penalizado. Depois, porque o governo está em uma crise tão dura de governabilidade, de credibilidade, que ela [Dilma] não consegue achar ninguém sério para emprestar seu currículo, sua história de vida para presidir uma empresa envolvida em um escândalo de proporções estratosféricas”, acrescentou.
O senador José Agripino avalia a saída de Graça Foster como tardiaValter Campanato/Agência Brasil
Para o senador José Agripino (DEM-RN), a saída de Graça Foster foi tardia. “Desde que o procurador-geral da República recomendou a saída da presidente Graça Foster que a providência deveria ter ocorrido", concluiu.