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Roupas na mata e reféns: presos deixam pistas, mas seguem em fuga após sete dias de buscas

Buscas por criminosos continuam e reúnem aproximadamente 500 homens, três helicópteros e drones com visão noturna

De acordo com os investigadores, os dois fugitivos fizeram uma família refém na noite da última sexta-feira

De acordo com os investigadores, os dois fugitivos fizeram uma família refém na noite da última sexta-feira

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 09h52.

A fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completa uma semana nesta terça-feira. Desde então, já foram identificadas diversas pistas deixadas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, como pegadas, peças de roupa, a interceptação de telefonemas e até mesmo o arrombamento de casas na região do presídio, com uma família feita de refém. No entanto, os dois criminosos seguem em fuga e as buscas continuam, reunindo aproximadamente 500 homens, três helicópteros e drones com visão noturna.

De acordo com os investigadores, os dois fugitivos fizeram uma família refém na noite da última sexta-feira. Eles invadiram uma casa na área rural da cidade, pediram comida, queriam ver notícias sobre a fuga e roubaram celulares. A dupla ficou no local por cerca de quatro horas, não pediu dinheiro e fugiu a pé. Não houve violência com os reféns. A dupla chegou pelo mato por volta das 19h30 de sexta-feira e deixou a casa 0h30 de sábado. Ao invadirem a casa, falaram que queriam comida e celular. Em uma sacola plástica, levaram alimentos, ovo cozido e outros itens, ambos não estavam de mochila.

Também levaram dois celulares com carregadores e pediram a senha para destravar o telefone. Mandaram ainda a família abrir as redes sociais nos telefones para que eles pudessem ver notícias da fuga e pediram para assistir o Jornal Nacional. Ao longo de quatro horas, fizeram várias ligações pelo WhatsApp, algumas delas para números com DDD 21. Do outro lado da linha, o interlocutor tinha sotaque e mencionou que estava no Rio de Janeiro.

Na madrugada de quinta-feira, um sítio no Rancho da Caça, localizado a sete quilômetros do presídio, foi arrombado. Os invasores percorreram a distância a pé e pegaram no local pacotes de biscoito, roupas, tênis, melancia, queijo, pão de forma, margarina e fósforo. Como a fuga do presídio e a invasão à casa aconteceram em um intervalo de poucas horas, as forças policiais acreditam que os eventos estão relacionados.

Duas camisas, uma rede e rastros de sapatilhas semelhantes às usadas pelos internos no presídio federal, uma toalha e um lençol foram encontrados em uma área da Serra de Mossoró, a 11 quilômetros do presídio, na madrugada desta sexta. Os dois presos também foram vistos por moradores da região. Estas pistas ajudam a montar o percurso que Deibson e Rogério teriam feito após escaparem e supostamente invadirem o sítio.

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