Romeu Zema: o empresário estreante nas eleições
Candidato pelo partido Novo ao governo mineiro, ele surpreendeu após sair de um patamar praticamente desconhecido
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de outubro de 2018 às 15h40.
Belo Horizonte - Empresário, de 54 anos, Romeu Zema nasceu em Araxá, na região do Triângulo Mineiro, e é formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Em 1991, assumiu a gestão do Grupo Zema, empresa familiar que tem mais de 800 estabelecimentos em dez Estados brasileiros e que é composto por lojas de eletrodomésticos, distribuição de combustíveis, concessionárias e financeiras.
Em sua primeira participação em eleições, se candidatando pelo partido Novo ao governo mineiro, ele surpreendeu após sair de um patamar praticamente desconhecido e conseguir tirar o atual governador mineiro, Fernando Pimentel, do PT, do segundo turno. Uma semana antes da votação do dia 7 de outubro, Zema ocupava a terceira colocação, com 10% das intenções de voto, mas terminou o primeiro turno na primeira colocação, com 42%, mais de 4 milhões de votos.
Por ser um novato na política, Zema procurou se colocar como alternativa "aos mesmos políticos de sempre" e se apresentou como gestor. Sua principal proposta é promover um enxugamento da máquina pública, com corte de cargos, secretarias e privilégios. Liberal, ele também se mostrou favorável à privatização de empresas estatais, mas recuou e afirmou acreditar que as empresas devem se tornar "competitivas". Além disso, ele assinou um compromisso, em cartório, de que só receberá o salário de governador após todos os servidores terem recebido os vencimentos.
O empresário também afirmou que pretende transformar o Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador, em um museu, mas não descarta a venda do local. Sobre as áreas de saúde e segurança, em diversos momentos Zema alterou o plano de governo - e foi alvo de críticas de seu adversário no segundo turno, Antonio Anastasia, do PSDB. O candidato do Novo disse ser favorável à utilização de parcerias com empresas de segurança privada na área rural e que pretende contar com instituições filantrópicas para finalizar a construção de hospitais.