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Governo de SP suspende licitação da linha 5 do metrô

Jornal Folha de S. Paulo divulgou nesta terça-feira indício de que houve acerto entre as empreiteiras e o Governo do Estado de São Paulo

Obras da linha amarela em São Paulo: a linha lilás, que deve utilizar os mesmos equipamentos, está com problemas na licitação (Germano Luders/EXAME)

Diogo Max

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 14h11.

São Paulo - O governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse que vai suspender a licitação dos lotes 3 a 8 da linha 5 (lilás) do metrô de São Paulo. O pronunciamento foi feito no início da tarde desta terça-feira.

A medida foi tomada no mesmo dia em que o jornal Folha de S. Paulo divulgou uma reportagem em que afirma ter conhecido previamente os consórcios vencedores dos lotes da Linha 5 (lilás) do Metrô de São Paulo, três meses antes de o resultado ser divulgado oficialmente.

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Segundo o jornal, há um indício de que houve acerto entre as empreiteiras e o governo do Estado, e não uma livre concorrência entre as empresas, como era esperado. À Folha de S. Paulo, o Metrô afirmou que vai investigar o caso. Já os consórcios ouvidos pela reportagem do jornal disseram que não houve irregularidades.

Entre as empresas citadas na reportagem da Folha de S. Paulo, estão Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão. No total, eram 38 empresas que formavam os 17 consórcios, que concorriam pelos lotes que ligaria o Largo 13 à Chácara Klabin. Ao todo, são 20 km de trilhos e o valor da obra, segundo o jornal, passa dos R$ 4 bilhões.

A licitação para obras da linha 5 do metrô de São Paulo começou em 2008, quando José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República, era governador de São Paulo.

O 'Início' das obras

No dia 20 deste mês, o governo de São Paulo havia assinado a ordem de serviço para o início da construção de mais 11 estações, ligando Santo Amaro à Chácara Klabin, na zona sul da capital paulista.

Naquele momento, a previsão é de que a linha lilás estivesse pronta em 2014. Segundo o Metrô, cerca de 60% dos 360 imóveis que terão de ser desapropriados já foram desocupados. O custo total da ampliação da linha é de R$ 6 bilhões.

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