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Renúncia de Genoino amplia pressão sobre condenados

Renúncia ampliou pressões de correligionários para que sigam o mesmo caminho Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e João Paulo Cunha

José Genoino (PT): político renunciou ao cargo de deputado federal nesta terça (Brizza Cavalcante/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 20h05.

Brasília - A renúncia nesta terça-feira, 03, do agora ex-deputado José Genoino (PT-SP) ampliou as pressões de correligionários para que sigam o mesmo caminho os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP), também condenados à prisão no julgamento do mensalão .

A informação é de companheiros de partido dos três parlamentares e, assim como no caso de Genoino, seriam anunciadas como decisão unilateral e irrevogável no momento em que a Mesa da Câmara anunciasse a intenção de abrir o processo de cassação do mandato deles. Os dois ainda não tiveram a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As assessorias dos dois parlamentares, no entanto, negaram que eles planejam a renúncia.

João Paulo Cunha (PT-SP) deverá esperar até o ano que vem para decidir o que fazer. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, além do pagamento de R$ 360 mil em multas (valores não atualizados). João Paulo apresentou embargos infringentes para obter novo julgamento na parte relativa à lavagem de dinheiro - conforme o regimento interno do STF, em caso de quatro votos a favor, o acusado pode fazer o recurso. O advogado Alberto Toron, que defende João Paulo, trabalha com a informação de que o STF não tomará nenhuma decisão neste ano.

"A situação do deputado João Paulo só será resolvida no ano que vem. Até lá ele dispõe de tempo para organizar seus recursos e tocar sua vida de parlamentar", disse o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Toron disse ao Estado que ainda não conversou com João Paulo sobre a perda do mandato e o processo na Câmara. O deputado tinha consultas médicas durante todo o dia de ontem, em São Paulo.

Desde que foram processados no escândalo do mensalão, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry decidiram ficar de fora de todo tipo de polêmica. Eles não fazem discursos da tribuna, vão pouco às comissões as quais pertencem e não respondem a nenhuma pergunta quando abordados por repórteres. Com amigos parlamentares comentam que podem renunciar, porque enfrentar um processo de cassação do mandato é muito desgastante.

Tanto Costa Neto quanto Henry têm experiências anteriores sobre processos de cassação. Em 2005, Costa Neto, que era presidente do extinto PL (hoje PR) foi o primeiro parlamentar a renunciar ao mandato para fugir do processo de cassação pedido pela CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão. Henry, que foi líder do PP, já enfrentou processo de cassação por causa do mensalão e por causa de outro escândalo, o dos sanguessugas, quando mais de 70 parlamentares foram envolvidos com a chamada máfia das ambulâncias. Pedro Henry disse a amigos que não suportaria outro processo, pois em cada um a exposição da família é muito grande.

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A informação é de companheiros de partido dos três parlamentares e, assim como no caso de Genoino, seriam anunciadas como decisão unilateral e irrevogável no momento em que a Mesa da Câmara anunciasse a intenção de abrir o processo de cassação do mandato deles. Os dois ainda não tiveram a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As assessorias dos dois parlamentares, no entanto, negaram que eles planejam a renúncia.

João Paulo Cunha (PT-SP) deverá esperar até o ano que vem para decidir o que fazer. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, além do pagamento de R$ 360 mil em multas (valores não atualizados). João Paulo apresentou embargos infringentes para obter novo julgamento na parte relativa à lavagem de dinheiro - conforme o regimento interno do STF, em caso de quatro votos a favor, o acusado pode fazer o recurso. O advogado Alberto Toron, que defende João Paulo, trabalha com a informação de que o STF não tomará nenhuma decisão neste ano.

"A situação do deputado João Paulo só será resolvida no ano que vem. Até lá ele dispõe de tempo para organizar seus recursos e tocar sua vida de parlamentar", disse o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). Toron disse ao Estado que ainda não conversou com João Paulo sobre a perda do mandato e o processo na Câmara. O deputado tinha consultas médicas durante todo o dia de ontem, em São Paulo.

Desde que foram processados no escândalo do mensalão, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry decidiram ficar de fora de todo tipo de polêmica. Eles não fazem discursos da tribuna, vão pouco às comissões as quais pertencem e não respondem a nenhuma pergunta quando abordados por repórteres. Com amigos parlamentares comentam que podem renunciar, porque enfrentar um processo de cassação do mandato é muito desgastante.

Tanto Costa Neto quanto Henry têm experiências anteriores sobre processos de cassação. Em 2005, Costa Neto, que era presidente do extinto PL (hoje PR) foi o primeiro parlamentar a renunciar ao mandato para fugir do processo de cassação pedido pela CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão. Henry, que foi líder do PP, já enfrentou processo de cassação por causa do mensalão e por causa de outro escândalo, o dos sanguessugas, quando mais de 70 parlamentares foram envolvidos com a chamada máfia das ambulâncias. Pedro Henry disse a amigos que não suportaria outro processo, pois em cada um a exposição da família é muito grande.

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