Renan e Sarney; Pimentel e Caoa…
O grampo da vez No vazamento da vez, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), diz para o lobista Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado o que a defesa do ex-senador Delcídio do Amaral deveria fazer para que ele se defendesse da cassação no Conselho de Ética do Senado. As gravações também indicam articulação de Renan […]
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2016 às 07h10.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h44.
O grampo da vez
No vazamento da vez, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), diz para o lobista Vandenbergue dos Santos Sobreira Machado o que a defesa do ex-senador Delcídio do Amaral deveria fazer para que ele se defendesse da cassação no Conselho de Ética do Senado. As gravações também indicam articulação de Renan e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) para tentar influenciar o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal. Sarney fala em “ditadura da Justiça”.
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Investigações “intocáveis”
Em uma nota divulgada por Renan na tarde de quinta-feira, ele diz que as investigações da Operação Lava-Jato são “intocáveis” e que não fez nada para obstruí-las. Sobre os nomes citados nas conversas, como o da ex-presidente Dilma Rousseff, do ministro Teori Zavascki e do procurador-geral da República Rodrigo Janot, o presidente do Senado disse que não pode se responsabilizar por “considerações de terceiros sobre pessoas, autoridades ou o quadro político nacional”. Em uma das gravações, Renan chamou Janot de mau caráter.
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Delação homologada
Com a ajuda das gravações, a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, foi homologada por Teori Zavascki. Nos depoimentos, ele falou sobre a arrecadação ilegal de dinheiro dos três alvos de suas gravações: Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá. Não ficou claro se o dinheiro seria para fins pessoais ou para campanha.
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Nada anormal na Corte
Para o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, as citações feitas nas gravações de Sérgio Machado com políticos do alto escalão do PMDB sobre a relação entre parlamentares e ministros da Corte não interferem no funcionamento do STF. Em nota divulgada por meio da assessoria de imprensa do tribunal, Lewandowski diz que a interlocução entre ministros e políticos é normal e que isso não traz prejuízos à imparcialidade dos juízes.
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Pimentel e Caoa
Em delação premiada, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o famoso Bené, disse que o grupo automotivo Caoa pagou 20 milhões de reais ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Segundo Bené, os pagamentos aconteceram em 2013 e 2014 em retribuição a duas medidas tomadas por Pimentel quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Pimentel e o grupo Caoa negaram as acusações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Moraes em Curitiba
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deve ir a Curitiba na próxima semana junto com o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, para informar que a equipe que comanda a operação Lava-Jato não será mudada. A conversa faz parte da estratégia do presidente interino Michel Temer de mostrar apoio público à operação.
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3 milhões se seguro
O número de brasileiros que ficaram sem o seguro desemprego chegou a 2,9 milhões de pessoas entre janeiro e maio, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. É 8% a mais do que no mesmo período de 2015. O seguro pagar até 1.542 reais mensais por cinco meses após as demissões. E o aumento do número de brasileiros sem receber o benefício evidencia a dificuldade de se encontrar recolocação no mercado de trabalho.
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A nova Caixa
Gilberto Occhi, novo presidente da Caixa Econômica Federal, vai encontrar um mapeamento interno que revela as dificuldades operacionais do banco. Segundo o relatório, divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, pelo menos 100 agências do banco operam no vermelho e pelo menos 15 delas precisam ser fechadas imediatamente. O banco sofre por ter sido utilizado, nos últimos anos, como locomotiva de crédito e ter aberto mais de 1.000 agências pelo país, muitas delas sem viabilidade econômica.
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56bi da BNDESPar
A BNDESPar, braço de investimentos do banco de fomento BNDES, tem participações avaliadas em 56 bilhões de reais em diversas empresas, segundo jornal Valor. Vender essas participações, ou parte delas, seria uma forma de acumular caixa para o novo governo. Na conta, estão fatias de empresas como Petrobras, Eletrobras e também o banco BTG Pactual, a fabricante de celulose Fibria, a geradora de energia AES, o frigorífico JBS e a fundição Tupy.
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Trump chegou lá
O empresário Donald Trump, segundo estimativas, finalmente alcançou a esperada marca de 1.237 delegados necessários à nomeação republicana para a Casa Branca. Assim, em julho ele será declarado oficialmente o candidato do partido. Sua provável adversária democrata será a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. As últimas pesquisas de opinião revelaram que os dois estão tecnicamente empatados na campanha nacional. Em viagem ao Japão, o presidente Barack Obama criticou ontem a “ignorância” de Trump.