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Reforma estruturante não se faz da noite para o dia, diz Cândido

De acordo com ele, a sociedade terá que ter um pouco de paciência e aguardar a reforma política para 2020 ou 2022

Vicente Cândido: "mudanças de costumes estruturais precisam ser feitas nos médio e longo prazos", disse o deputado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 11h53.

São Paulo - O deputado federal e relator da reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), disse nesta segunda-feira, 21, que reformas não são feitas da noite para o dia. Ele é um dos participantes do Fórum Estadão - Reforma Política em Debate, realizado nesta data na sede do Grupo Estado na capital paulista.

Cândido disse que tem até aliviado suas críticas a seus pares por não estarem dispostos a aprovar a reforma já para 2018. "Mesmo esse Congresso conservador está permitindo que façamos mudanças significativas no processo eleitoral", relativizou o deputado.

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De acordo com ele, a sociedade terá que ter um pouco de paciência e aguardar a reforma política para 2020 ou 2022. "Mudanças de costumes estruturais precisam ser feitas nos médio e longo prazos. E por isso é que eu saí pregando o relatório para longo prazo, para 2020, 2022", disse.

Para Cândido, se em 2020 ou 2022 for aprovado no Brasil o modelo alemão, o regime distrital misto já será um grande avanço. Segundo ele, o sistema alemão prevê cotas para mulheres na política e, se aprovado no Brasil, acabaria com a "vergonha" de o parlamento conter 10% de mulheres. O deputado destacou ainda o fato de o modelo alemão ser mais barato.

Sobre o financiamento de campanha, o deputado disse esperar que seja aprovado o modelo de financiamento misto, como nos Estados Unidos. Para ele, não há modelo perfeito. O público, segundo Cândido, pode até gerar mais escândalos que o privado, dependendo do jeito que forem aplicados os recursos.

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