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Dias decisivos para os estados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou para as 11h de hoje a reunião de líderes partidários para decidir a pauta da semana. O tema mais importante a ser tratado é a votação do projeto de lei que vai criar o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal, que […]

PROTESTO NO RIO: em fevereiro, manifestantes protestaram contra a privatização da Cedae, de saneamento, uma das contrapartidas exigidas pelo governo federal em troca da ajuda fiscal / Ricardo Moraes/Reuters
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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2017 às 19h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h58.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou para as 11h de hoje a reunião de líderes partidários para decidir a pauta da semana. O tema mais importante a ser tratado é a votação do projeto de lei que vai criar o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal, que é visto como a salvação para as contas dos estados endividados, principalmente Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em troca do alívio fiscal, o governo federal exige contrapartidas dos estados, e os governadores não estão felizes com isso.

O projeto enviado pelo governo ao Congresso em fevereiro exige que, antes de receberem as benesses, os estados aprovem a venda de empresas estatais de setores como saneamento, energia e financeiro, além de aumentarem o valor da contribuição previdenciária dos atuais 11% para, no mínimo, 14% e se comprometerem a não aumentar salários e benefícios de servidores. Em troca, teriam a suspensão da cobrança da dívida com a União por 36 meses.

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As medidas, julgadas como fundamentais pela Fazenda, assustam os governadores, que terão que negociar sua aprovação nas Assembleias Legislativas antes de poderem fazer parte do Regime de Recuperação. Nos estados, a negociação com servidores tende a ser dura. A pressão feita pelos governadores sobre deputados de cada estado assusta o governo, que teme ter o projeto desfigurado.

O relator do projeto, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), ainda não apresentou seu parecer, mas adiantou que tentará promover uma leve flexibilização. Mesmo assim, disse que “há um espaço muito pequeno” para fazer mudanças nas contrapartidas. Um exemplo é a possibilidade de renovação de convênios com organizações sociais que cuidam de hospitais, ou entidades como a Apae, desde que não se aumentem as despesas já existentes. Uma vez levada ao plenário, a discussão do projeto deve durar pelo menos dois dias.

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