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Reconstrução do ES levará um ano, diz governador

Só para as estradas estaduais serão destinados R$ 150 milhões, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande


	Renato Casagrande: "Pedi minha equipe para fazer um planejamento, para que dentro do ano de 2014 consigamos reconstruir o Espírito Santo e dar apoio às famílias"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Renato Casagrande: "Pedi minha equipe para fazer um planejamento, para que dentro do ano de 2014 consigamos reconstruir o Espírito Santo e dar apoio às famílias" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 16h31.

Rio - O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), calcula que a reconstrução da infraestrutura do estado depois de nove dias de fortes chuvas levará um ano. Será preciso reconstruir pontes, recuperar ruas e rodovias e construir casas populares.

Só para as estradas estaduais serão destinados R$ 150 milhões, disse o governador, em entrevista à TV Globo. Cinquenta e quatro dos 78 municípios capixabas foram afetados. Vinte e quatro pessoas morreram e mais de 60 mil pessoas ficaram desabrigadas. O número de mortes deve crescer, já que seis pessoas estão desaparecidas no município de Baixo Guandu.

"Pedi minha equipe para fazer um planejamento, para que dentro do ano de 2014 consigamos reconstruir o Espírito Santo e dar apoio às famílias", afirmou Casagrande, que espera apresentar um plano de ações até quinta-feira. Ele conta com a ajuda do governo federal para as obras.

Ainda que a chuva tenha cessado já há quatro dias, ainda há moradores ilhados no estado, por conta do grande acúmulo de água. Sem energia elétrica e sob risco de novos deslizamentos de terra, áreas isoladas, localizadas em maior número nos municípios de Itaguaçu e Baixo Guandu, estão sendo acessadas por barcos e helicópteros.

Em Vila Velha, a enchente deixou um rastro de lixo, lodo, mau cheiro e animais pelas ruas. Dez bairros ainda sentem os efeitos da chuva. No bairro Jockey, caramujos, ratos e cobras eram vistos ontem em ruas ainda alagadas, além de grande quantidade de mosquitos.

Moradores evitam sair de casa para não contrair doenças - o município já tem caso de morte por suspeita de leptospirose, que pode ser transmitida por fezes e urina de ratos.

Para o especialista em Engenharia de Recursos Hídricos Antônio Sergio Ferreira Mendonça, professor da Universidade Federal do Espírito Santo, só o planejamento urbano e uma política de remoções de populações de áreas de risco poderão evitar novas tragédias.

"Esse é um processo contínuo de muitas décadas. Não é preciso que chova muito para que ocorram deslizamentos e alagamentos. A ocupação de encostas, que registram deslizamentos, e de áreas abaixo do nível do mar, periodicamente inundadas pelos rios, chegou a ser incentivada por parte do governo, o que é uma irresponsabilidade."

No Noroeste do estado, soldados do Exército deram início à montagem de uma ponte metálica provisória na ES-341, que liga as cidades de Pancas e Colatina.

A chuva forte abriu um vão de 25 metros na pista e isolou moradores. Trechos de rodovias estaduais que estavam interditadas devido a alagamentos e queda de barreiras estão sendo liberados aos poucos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

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