Exame Logo

Quem são as 36 pessoas denunciadas pelo MP na Lava Jato

Das 36 pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal de Curitiba, 23 são ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, é vista em 12 de maio de 2014 (Vanderlei Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 19h25.

São Paulo - O Ministério Público Federal de Curitiba acaba de divulgar a lista de pessoas denunciadas por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Ao todo, 36 pessoas investigadas pela Operação Lava Jato poderão ser consideradas réus no processo, caso o juiz federal Sérgio Moro aceite as denúncias.

Entre eles estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef - personagens centrais do esquema. Segundo o MPF, 23 pessoas ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC também foram denunciados pela Procuradoria. Entenda o caso.

Os denunciados serão julgados por crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime de corrupção. As penas podem chegar a 21 anos de cadeia.

Em encontro com a imprensa realizado em Curitiba (PR), o MPF estima que entre 300 milhões de reais a 1 bilhão de reais tenham sido desviados da estatal, segundo informações do jornal Estado de S. Paulo.

Veja a lista completa de envolvidos divulgada no blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal Estado de S. Paulo.

NomeQuem é
Adarico Negromonte FilhoIrmão mais velho do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Trabalhava para o doleiro Alberto Youssef
Agenor Franklin Magalhães MedeirosDiretor internacional da OAS
Alberto Elísio Vilaça GomesMendes Junior
Alberto YoussefDoleiro
Angelo Alves MendesDiretor da Mendes Junior
Antonio Carlos Fioravante Brasil PierucinniAdvogado
Carlos Alberto Pereira da CostaEx-advogado da GFD, braço direito do Youssef
Carlos Eduardo Strauch AlbertoDiretor Engevix
Dalton Santos AvanciniPresidente da Camargo Corrêa
Dario de Queiroz Galvão FilhoQueiroz Galvão
Eduardo de Queiroz Galvão
Eduardo Hermelino LeiteConhecido como "Leitoso", segundo o relatório. Vice-presidente da Camargo Corrêa
Enivaldo QuadradoDono da corretora Bônus-Banval. Foi condenado por lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, com aplicação de pena alternativa e de multa de R$ 28,6 mil
Erton Medeiros FonsecaDiretor da Galvão Engenharia
Fernando Augusto Stremel AndradeOAS
Gerson de Mello AlmadaVice-presidente da Engevix
Jayme Alves de Oliveira FilhoPolicial federal, acusado de transportar dinheiro para Youssef
Jean Alberto Luscher CastroDiretor-presidente da Galvão Engenharia
João Alberto Lazarri
João de Teive e ArgolloUTC
João Procópio Junqueira Pacheco de AlmeidaSuspeito de gerenciar na Suíça as contas do doleiro Alberto Youssef
João Ricardo AulerPresidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
José Aldemário Pinheiro FilhoPresidente da OAS
José Humberto Cruvinel Resende
José Ricardo Nogueira BreghirolliFuncionário da OAS. Seria o responsável pelos contatos e negócios com Alberto Youssef
Luiz Roberto Pereira
Marcio Andrade BonilhoSócio responsável pela administração da importadora Sanko-Sider
Mário Lúcio de OliveiraGFD
Mateus Coutinho de Sá OliveiraVice-presidente do conselho da OAS
Newton Prado JuniorDiretor Engevix
Paulo Roberto CostaEx-diretor de Abastecimento da Petrobras
Ricardo Ribeiro PessoaPresidente da UTC
Rogério Cunha de OliveiraMendes Junior
Sandra Raphael Guimarães
Sérgio Cunha MendesVice-presidente executivo Mendes Junior
Waldomiro de Oliveira

* Matéria atualizada às 20h20 para incluir o nome deDalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa, que não havia sido divulgado inicialmente pelo Ministério Público. Com ele, o total de denunciados sobe para 36.

São Paulo – A empreiteira OAS deu preferência para o PT em suas doações para a campanha eleitoral de 2014. Já a Queiroz Galvão investiu mais no PMDB. A Galvão Engenharia, por sua vez, deu mais dinheiro para PSB e PP.   Os dados são de levantamento feito por EXAME.com, a partir da prestação de contas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas eleições de 2014 , os partidos políticos receberam nada menos que R$ 264 milhões em doações das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato , que apura esquema de corrupção envolvendo a Petrobras . A Operação Lava Jato investiga nove empreiteiras: Engevix, OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, Galvão Engenharia, Mendes Júnior e Iesa. Destas, sete fizeram doações para a campanha de 2014. Mendes Júnior e Iesa não doaram. Para ver quanto cada empreiteira doou para cada partido, clique na seta à direita na foto acima.
  • 2. OAS - R$ 80.126.630,00

    2 /8(REUTERS/Aly Song)

  • Veja também

    PartidoValor doado pela OAS
    PTR$ 33.226.000,00
    PMDBR$ 15.360.000,00
    PSDBR$ 12.000.000,00
    PSBR$ 4.750.000,00
    PPR$ 3.650.000,00
    DEMR$ 3.050.000,00
    PRR$ 3.050.000,00
    PSDR$ 2.150.000,00
    PTBR$ 700.630,00
    PC do BR$ 600.000,00
    PVR$ 600.000,00
    PTNR$ 590.000,00
    PDTR$ 400.000,00
    TotalR$ 80.126.630,00
  • 3. Queiroz Galvão - R$ 55.843.921,00

    3 /8(Divulgação)

  • PartidoValor doado pela Queiroz Galvão
    PMDBR$ 15.830.000,00
    PTR$ 15.100.000,00
    PSBR$ 3.995.000,00
    PSDBR$ 3.730.000,00
    PSDR$ 3.539.081,00
    PDTR$ 3.050.000,00
    PPR$ 2.900.000,00
    DEMR$ 2.750.000,00
    PRR$ 2.000.000,00
    PTBR$ 1.260.000,00
    PSCR$ 600.000,00
    PROSR$ 400.000,00
    SDR$ 400.000,00
    PPSR$ 200.000,00
    PRBR$ 80.000,00
    PRPR$ 6.000,00
    PSLR$ 3.840,00
    TotalR$ 55.843.921,00
  • 4. UTC - R$ 52.831.521,08

    4 /8(foto/Divulgação)

    PartidoValor doado pela UTC
    PTR$ 21.625.000,00
    PSDBR$ 9.080.000,00
    DEMR$ 4.765.000,00
    PMDBR$ 3.900.000,00
    PC do BR$ 3.040.015,08
    PRR$ 2.550.000,00
    PDTR$ 1.600.000,00
    PRTBR$ 1.453.000,00
    SDR$ 1.400.000,00
    PPR$ 875.000,00
    PSBR$ 750.000,00
    PSDR$ 700.000,00
    PMNR$ 602.050,00
    PPSR$ 150.000,00
    PRBR$ 125.000,00
    PSCR$ 100.455,00
    PENR$ 50.000,00
    PVR$ 50.000,00
    PTBR$ 15.000,00
    PT do BR$ 1.001,00
    TotalR$ 52.831.521,08
  • 5. Odebrecht - R$ 48.278.100,00

    5 /8(jbdodane/Flickr/Creative Commons)

    PartidoValor doado pela Odebrecht
    PMDBR$ 15.290.000,00
    PTR$ 9.495.000,00
    PSDBR$ 9.090.000,00
    DEMR$ 4.440.000,00
    PSBR$ 3.210.000,00
    SDR$ 1.330.000,00
    PTBR$ 703.100,00
    PPR$ 690.000,00
    PSDR$ 630.000,00
    PRBR$ 600.000,00
    PSCR$ 530.000,00
    PPSR$ 400.000,00
    PRR$ 370.000,00
    PROSR$ 300.000,00
    PVR$ 290.000,00
    PC do BR$ 230.000,00
    PT do BR$ 220.000,00
    PDTR$ 200.000,00
    PTNR$ 100.000,00
    PHSR$ 60.000,00
    PTCR$ 50.000,00
    PRPR$ 30.000,00
    PSLR$ 20.000,00
    TotalR$ 48.278.100,00
  • 6. Galvão Engenharia - R$ 15.882.300,00

    6 /8(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    PartidoValor doado pela Galvão Engenharia
    PSBR$ 4.450.000,00
    PPR$ 4.080.000,00
    PTR$ 2.800.000,00
    PMDBR$ 1.140.000,00
    PENR$ 1.050.300,00
    PROSR$ 640.000,00
    PT do BR$ 402.000,00
    PTBR$ 250.000,00
    PSDR$ 200.000,00
    PC do BR$ 170.000,00
    PSLR$ 150.000,00
    PRR$ 50.000,00
    PSDBR$ 500.000,00
    TotalR$ 15.882.300,00
  • 7. Engevix - R$ 7.925.000,00

    7 /8(Divulgação/ Engevix)

    PartidoValor doado pela Engevix
    PTR$ 5.825.000,00
    PSDBR$ 260.000,00
    PSBR$ 240.000,00
    PDTR$ 225.000,00
    PSLR$ 200.000,00
    PTCR$ 200.000,00
    PVR$ 200.000,00
    PPR$ 160.000,00
    PTBR$ 150.000,00
    PROSR$ 50.000,00
    PSDR$ 50.000,00
    PMDBR$ 40.000,00
    PPLR$ 25.000,00
    PRR$ 300.000,00
    TotalR$ 7.925.000,00
  • 8. Camargo Corrêa - R$ 3.500.000,00

    8 /8(Germano Lüders/EXAME)

    PartidoValor doado pela Camargo Corrêa
    PTR$ 2.000.000,00
    DEMR$ 1.500.000,00
    TotalR$ 3.500.000,00
  • Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Brasil

    Mais na Exame