Queda nas tarifas não esvazia protestos, diz analista
"A questão não era só a tarifa. Ela virou um símbolo dos protestos. As questões são muitas", disse o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 19h30.
São Paulo - A revogação no reajuste das tarifas de trem, metrô e ônibus anunciada nesta quarta-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), simboliza uma vitória do movimento que levou protestos às ruas da capital paulista, mas não esvazia a pauta de reivindicação dos manifestantes, defende o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo."É certamente uma vitória do movimento", afirmou.
Para ele, a revogação não esvazia a pauta dos manifestantes. "A questão não era só a tarifa. Ela virou um símbolo dos protestos. As questões são muitas. É a corrupção, que tem a ver com o governo federal.É a sensação de insegurança, que tem a ver com o estadual e era a tarifa, do municipal. A questão é que é isso tudo, a tarifa é uma dentre várias questões", disse. "O sentimento é que a coisa não está bem no País", reforçou.
De acordo com Melo, a demora em revogar as tarifas mostra também uma fragilidade política dos poderes públicos. "Mostra uma fragilidade das autoridades. Eles subestimaram e avaliaram mal o movimento.Chamaram de coisa orquestrada e de baderneiros os que estavam nas ruas. Agora recuaram dizendo que o há um custo grande a ser pago (pela revogação). Mas esse custo teria lá atrás também, só que com muito menos drama", avaliou Melo.
São Paulo - A revogação no reajuste das tarifas de trem, metrô e ônibus anunciada nesta quarta-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), simboliza uma vitória do movimento que levou protestos às ruas da capital paulista, mas não esvazia a pauta de reivindicação dos manifestantes, defende o cientista político e professor do Insper, Carlos Melo."É certamente uma vitória do movimento", afirmou.
Para ele, a revogação não esvazia a pauta dos manifestantes. "A questão não era só a tarifa. Ela virou um símbolo dos protestos. As questões são muitas. É a corrupção, que tem a ver com o governo federal.É a sensação de insegurança, que tem a ver com o estadual e era a tarifa, do municipal. A questão é que é isso tudo, a tarifa é uma dentre várias questões", disse. "O sentimento é que a coisa não está bem no País", reforçou.
De acordo com Melo, a demora em revogar as tarifas mostra também uma fragilidade política dos poderes públicos. "Mostra uma fragilidade das autoridades. Eles subestimaram e avaliaram mal o movimento.Chamaram de coisa orquestrada e de baderneiros os que estavam nas ruas. Agora recuaram dizendo que o há um custo grande a ser pago (pela revogação). Mas esse custo teria lá atrás também, só que com muito menos drama", avaliou Melo.