Quais são as capitais em que as eleições podem ser definidas no 1º turno
Segundo pesquisas de intenção de voto, 11 das 26 capitais podem conhecer o seu novo prefeito sem a necessidade de um segundo turno
Repórter
Publicado em 5 de outubro de 2024 às 11h11.
Mais de 155 milhões de eleitores vão às urnas neste domingo, 6, para votar nos próximos prefeitos e vereadores de suas cidades. Em algumas regiões, a disputa está acirrada - com projeções de segundo turno à vista - porém, em outras, candidatos mantém vantagem confortável para vencer já neste primeiro turno.
De acordo com pesquisas de intenção de voto feitas pelos institutos Datafolha, Quaest, Real Time Big Data, Futura Inteligência/100% Cidades, AtlasIntel e Paraná Pesquisas, 11 das 26 capitais podem conhecer o seu novo prefeito já neste domingo.
Como mostrou a EXAME , há principalmente uma tendência de reeleições recorde em capitais neste ciclo eleitoral. No pleito de 2020, por exemplo, o resultado poderia ser definido no primeiro turno em apenas 6 capitais.
Levantamento da consultoria Arko Advice indica que achance é de que o índice de reeleição seja perto dos 70% entre os prefeitos de capitais, o maior da história. Leitura semelhante é feita pela consultoria Eurasia, que apontou que essa eleição como um momento positivo para os atuais prefeitos, especialmente pelos bons índices de aprovação da maioria dos mandatários, que alcançam uma média de 60%, e pelo peso histórico da máquina pública.
Macapá
O caso com maior projeção de vitória no primeiro turno nas capitais é em Macapá, em que o atual prefeito e candidato à reeleição Antônio Furlan, mais conhecido como Dr. Furlan, mantém desde as primeiras pesquisas eleitorais uma vantagem confortável sobre os seus adversários por volta dos 80% das intenções de voto.
Na pesquisa do instituto Futura Inteligência , em parceria com a empresa 100% Cidades, divulgada nesta segunda-feira, 30, o emedebista aparece tinha 80,1%das intenções de voto contra 9,9% e 5,2% de seus dois principais opositores na corrida eleitoral, Paulo Lemos (PSOL) e Aline Gurgel (Republicanos).
As demais pesquisas também indicaram ao longo da campanha que a soma de todos os candidatos citados não atinge a porcentagem de intenção de votos do atual prefeito, que caminha para uma reeleição sem dificuldades.
Recife
Assim como Macapá, Recife também caminha para reeleger o atual prefeito no primeiro turno.
Na pesquisa Datafolha desta quinta, 3, João Campos (PSB) aparecia na liderança com 74% das intenções de votos, enquanto o segundo colocado, Gilson Machado (PL), registrava apenas 10%. A ampla vantagem concentra, também, mais votos válidos do que a soma de todos os principais adversários. Com isso, a cidade também tem projeção de vitória do candidato do PSB no domingo.
Salvador
Em Salvador, o cenário é confortável para o também prefeito e candidato à reeleição Bruno Reis (DEM). Segundo estudo do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça, 1º, Reis tem 74% das intenções de votos, enquanto o segundo colocado, Geraldo Júnior (MDB) aparece com 7,4%, tecnicamente empatado com Kleber Rosa (PSOL), que tem 3,5%.
Maceió
O percentual na faixa de 70% se repete também Maceió, onde o atual prefeitoJoão Henrique Caldas, o JHC (PL), lidera a corrida eleitoral por um segundo mandato na prefeitura de Maceió, deacordo com pesquisa Futura Inteligência, com 72,6% das intenções de voto.
Boa Vista
O atual prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB) também desponta na busca pela reeleição com 65,5% das intenções de votos, segundo pesquisa mais recente da Futura/100% Cidades. A disputa na capital de Roraima chegou a ser marcada por dois candidatos de um mesmo partido competindo, mesmo assim, Arthur Henrique já aparecia na liderança, o que se manteve mesmo com a estabelecimento da candidatura de Catarina Guerra (União Brasil) no dia 12 de setembro.
São Luís
A cidade de São Luís deve reeleger seu atual prefeito, Eduardo Braide (PSD), com 63% das intenções de voto, segundo pesquisa Quaest, contra 21% do deputado federal Duarte Júnior (PSB). O parlamentar chegou a disputa com um apoio conjunto inusitado do PT, do presidente Lula, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas parece não ter conseguido derrubar a preferência eleitor do prefeito.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro a tendência também é de que o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) seja reeleito. O incumbente tem 54% das intenções de voto, segundo o Datafolha, mas vê crescer a candidatura de seu principal opositor, Alexandre Ramagem (PL), que cresceu 11 pontos entre a penúltima e a última semana de eleição e tem agora 22%, aponta o instituto.
João Pessoa
Outro candidato à reeleição que aparece com vantagem é o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP). Na pesquisa Futura/100% Cidades, ele registra 53% das intenções de voto. Um percentual próximo ao que tem a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) em Porto Velho, onde lidera com quase 51% das intenções de voto, segundo o mesmo instituto.
Seus principais adversários, o ex-deputado federal Léo Moraes (Podemos) e a juíza Euma Tourinho (MDB) registram 16,5% e 13,6% das intenções de voto, respectivamente, empatados pela margem de erro. A corrida em Porto Velho não é uma reeleição, mas Mariana conta com o apoio do atual prefeito da capital rondoniense, Hildon Chaves (União Brasil), que foi reeleito em 2020 e não pode disputar o pleito municipal deste ano.
Vitória
A vantagem da candidata do União é também semelhante a da apontada em Vitória. Um levantamento do Paraná Pesquisas nesta quarta, 2, apontou o atual prefeito e candidato à reeleição Lorenzo Pazolini (Republicanos) com 50,2% das intenções de voto ante 17,3% do deputado estadual João Coser (PT).
Florianópolis
Florianópolis também deve ter eleições definidas em primeiro turno, apesar de a situação ser diferente das cidades citadas acima. O atual prefeito e candidato à reeleição Topázio Neto (PSD) tem 48,4% das intenções de voto, contra 15,2% do deputado estadual Marquito (PSOL), que está na segunda posição. Com a ampla vantagem, o atual prefeito tem chance de se eleger com os votos válidos feitos neste domingo.
São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte
Enquanto isso, capitais como São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizontecaminham para um segundo turno. Porém, como observado em eleições anteriores (especialmente em 2016, com a virada de João Doria), uma reviravolta às vésperas do primeiro turno não pode ser descartada.