Busca por transparência revela casos de corrupção, diz PwC
Auditoria negou-se a dar aval às demonstrações contábeis da Petrobras referentes ao terceiro trimestre de 2014
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2014 às 18h36.
Rio - As investigações sobre o suposto esquema de corrupção e desvios de recursos na Petrobras por meio da Operação Lava Jato, que teve nesta sexta-feira, 14, sua sétima etapa deflagrada pela Polícia Federal, serviram de mote para questionamentos sobre transparência em companhias por parte de ouvintes do I Fórum Latinoamericano de Governança, Riscos & Compliance no Setor de Petróleo e Gás, no Rio.
Entre os integrantes da mesa estava a diretora da PricewaterhouseCoopers (PwC) Renata Fernandes, que evitou tecer comentários específicos sobre o caso da estatal.
A PwC negou-se a dar aval às demonstrações contábeis da Petrobras referentes ao terceiro trimestre de 2014, como adiantou ontem o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, devido às investigações em curso.
A data-limite para a publicação do balanço trimestral é hoje, segundo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais.
Diante do posicionamento da auditoria, que se recusa a assinar qualquer relatório financeiro até que a Petrobras conclua as investigações internas, a estatal adiou o anúncio das informações e prevê divulgá-las até 12 de dezembro, ainda sem revisão dos auditores externos.
Hoje, porém, há a possibilidade de a companhia divulgar resultados operacionais.
"Nos últimos anos, a corrupção cresceu ou isso é reflexo de mais transparência e (divulgação) dos meios de comunicação?", questionou uma ouvinte, que se identificou apenas como uma contadora. Em seguida, ela citou o caso da Petrobras.
Sem referir-se ao caso específico da estatal, Renata respondeu que um esforço maior das empresas no sentido de dar mais transparência a suas operações tem ajudado a aumentar o número de episódios de corrupção que se tornam públicos.
O "aperto da legislação" também contribuiu para a maior detecção de casos.
"A preocupação aumenta em relação à corrupção, empresas tentam identificar onde estão seus maiores riscos em relação à corrupção e começam a divulgar isso para mostrar ao mercado que está identificando e tratando o problema.
Esse é o motivo por que estão aparecendo tantas coisas por aí", afirmou a diretora da PwC.
Procurada pela reportagem, Renata não quis comentar a decisão da auditoria de não assinar o relatório que dá aval às demonstrações financeiras da Petrobras.
A diretora afirmou que não atua na área de auditoria de resultados financeiros e que a PwC não comenta assuntos envolvendo clientes da consultoria.
Rio - As investigações sobre o suposto esquema de corrupção e desvios de recursos na Petrobras por meio da Operação Lava Jato, que teve nesta sexta-feira, 14, sua sétima etapa deflagrada pela Polícia Federal, serviram de mote para questionamentos sobre transparência em companhias por parte de ouvintes do I Fórum Latinoamericano de Governança, Riscos & Compliance no Setor de Petróleo e Gás, no Rio.
Entre os integrantes da mesa estava a diretora da PricewaterhouseCoopers (PwC) Renata Fernandes, que evitou tecer comentários específicos sobre o caso da estatal.
A PwC negou-se a dar aval às demonstrações contábeis da Petrobras referentes ao terceiro trimestre de 2014, como adiantou ontem o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, devido às investigações em curso.
A data-limite para a publicação do balanço trimestral é hoje, segundo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do mercado de capitais.
Diante do posicionamento da auditoria, que se recusa a assinar qualquer relatório financeiro até que a Petrobras conclua as investigações internas, a estatal adiou o anúncio das informações e prevê divulgá-las até 12 de dezembro, ainda sem revisão dos auditores externos.
Hoje, porém, há a possibilidade de a companhia divulgar resultados operacionais.
"Nos últimos anos, a corrupção cresceu ou isso é reflexo de mais transparência e (divulgação) dos meios de comunicação?", questionou uma ouvinte, que se identificou apenas como uma contadora. Em seguida, ela citou o caso da Petrobras.
Sem referir-se ao caso específico da estatal, Renata respondeu que um esforço maior das empresas no sentido de dar mais transparência a suas operações tem ajudado a aumentar o número de episódios de corrupção que se tornam públicos.
O "aperto da legislação" também contribuiu para a maior detecção de casos.
"A preocupação aumenta em relação à corrupção, empresas tentam identificar onde estão seus maiores riscos em relação à corrupção e começam a divulgar isso para mostrar ao mercado que está identificando e tratando o problema.
Esse é o motivo por que estão aparecendo tantas coisas por aí", afirmou a diretora da PwC.
Procurada pela reportagem, Renata não quis comentar a decisão da auditoria de não assinar o relatório que dá aval às demonstrações financeiras da Petrobras.
A diretora afirmou que não atua na área de auditoria de resultados financeiros e que a PwC não comenta assuntos envolvendo clientes da consultoria.