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PT defende apoio a tucano na Assembleia Legislativa de São Paulo

Pelo acordo, PT manteria a 1ª Secretaria, posto que ocupa ininterruptamente desde 2002, e os 57 cargos comissionados vinculados à vaga

Alesp: só três dos 16 deputados petistas querem debater apoio a candidato do PSDB (José Antonio Teixeira/Alesp/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 08h55.

São Paulo - A maioria da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) defende apoio à eleição do tucano Cauê Macris na eleição para a presidência da Casa, marcada para o dia 15 de março.

Pelo acordo, o partido, dono da segunda maior bancada, atrás do PSDB, manteria a 1ª Secretaria, posto que ocupa ininterruptamente desde 2002, e os 57 cargos comissionados vinculados à vaga.

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Três dos 16 deputados estaduais petistas, porém, querem levar a decisão para o Diretório Estadual da legenda. Assim, esperam ganhar tempo para mobilizar a militância contra o apoio a Macris.

"Cauê e o pai dele (o deputado federal tucano Vanderlei Macris) são conhecidos pela militância antipetista", disse o deputado José Américo Dias, que integra o grupo dissidente petista, ao lado de Carlos Neder e João Paulo Rillo.

Aos 33 anos, Macris é um dos maiores adversários do PT no Estado. Em setembro do ano passado, o deputado publicou artigo no jornal Folha de S. Paulo, no qual diz que o "PT e seus associados", entre eles, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), "agem como um bandido que, ao furtar a carteira de alguém, grita 'pega ladrão'".

Proporcionalidade

O líder do PT na Assembleia Legislativa, José Zico Prado, disse que a decisão da bancada ainda não foi tomada, mas confirmou que a maioria defende o apoio ao tucano.

"Ainda não tem uma posição, mas a maioria defende a proporcionalidade garantida nas urnas", afirmou.

Proporcionalidade é o critério pelo qual são escolhidos os cargos na Mesa Diretora da Alesp. Graças a isso, o PT tem mantido a 1.ª Secretaria, posto mais importante depois da presidência.

A 1.ª Secretaria tem, atualmente, 57 pessoas ocupando cargos de comissão. O líder do PT, no entanto, nega que o objetivo da aliança seja a obtenção de empregos.

"Estamos discutindo a participação em comissões e outros postos que nos permitam fazer oposição ao governo Alckmin." Os "rebeldes" da bancada petista contestam o argumento. "O PT só tem este aparato porque faz oposição conciliadora", afirmou o deputado Rillo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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