PSL faz mutirão para chegar a 1 milhão de filiados em 2020
Após preparar uma cartilha de princípios, o partido do presidente visa chegar às eleições municipais de 2020 com um milhão de filiados
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2019 às 06h26.
Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 06h53.
Se 2018 foi o ano em que o Partido Social Liberal ( PSL ) conseguiu o feito inédito de eleger um presidente e três governadores, 2020 deverá ser marcado por esforços para conquistar mais espaço nas eleições municipais . Neste sábado, 17, o partido de Jair Bolsonaro irá abrir todos os diretórios estaduais para realizar a filiação de novos membros. Hoje, a sigla conta com cerca de 250 000 filiados e a meta é chegar ao ano que vem com um milhão.
Bolsonaro não se envolverá diretamente no mutirão, mas marcará presença numa das regiões mais promissoras para o partido: o interior de São Paulo. No sábado, Bolsonaro irá participar da abertura da festa do Peão de Barretos, no interior de São Paulo. A festa que está em sua 64° edição já recebeu e aplaudiu Bolsonaro ainda quando era candidato à presidência, no ano passado. Na ocasião, o deputado montou em um cavalo e foi ovacionado pelo público.
Antes disso, Bolsonaro chegou a defender os rodeios como eventos de manifestação cultural. Quando estava nomeando seus ministros, Henrique Prata, que é presidente do hospital do câncer de Barretos, chegou a ser cogitado para dirigir o ministério da saúde, que no fim ficou com Luiz Henrique Mandetta.
Nas eleições de 2018, o PSL conseguiu expandir sua atuação política de forma até então inédita, agarrando-se ao nome de Bolsonaro. Além do presidente, a sigla elegeu os governadores de Rondônia, Roraima e Santa Catarina, ficando empatada com partidos tradicionais como PSDB e MDB em número de chefes estaduais. Apenas o PT conseguiu eleger quatro governadores.
A filiação em massa tende a ter dois empecilhos. O primeiro são as reiteradas suspeitas de corrupção sobre o partido, mostrando que o PSL pode não ser diferente das demais legendas. No mês de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo noticiou indícios de que membros PSL, incluindo o seu atual presidente, Luciano Bivar, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, teriam arquitetado um esquema de candidaturas laranjas. Outra leva de suspeitas envolve o senador Flávio Bolsonaro. Além disso, a expulsão do deputado Alexandre Frota por críticas ao presidente mostra que o partido não está aberto a diferenças de visões. Quanto mais restrito, claro, mais difícil atrair filiados.