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PSD apara arestas em reunião de cúpula em Brasília

A reunião está marcada para o meio-dia desta terça-feira e já é certo de que o colegiado de 25 dirigentes partidários não estará completo

Gilberto Kassab falando de estatísticas da prefeitura de São Paulo (Prefeitura de SP/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 22h47.

Brasília - Exatos 19 dias depois de o presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, intervir no diretório municipal de Belo Horizonte para reforçar a candidatura petista do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura da capital, o partido reunirá sua executiva nacional em Brasília. A reunião está marcada para o meio-dia desta terça-feira e já é certo de que o colegiado de 25 dirigentes partidários não estará completo: o ex-ministro Roberto Brant (MG) deixou uma das vice-presidências da legenda e se desfiliou em protesto contra a intervenção nacional.

Brant não foi o único que se queixou da medida de força do presidente, que não consultou nenhum dirigente para desmontar a parceria com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, que disputa a reeleição apoiado pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG). Na verdade, quem mais se rebelou contra a intervenção e abriu dissidência interna contra o comandante do partido foi a primeira vice-presidente e senadora Katia Abreu (TO), para quem Kassab teria agido de forma "truculenta, desleal e desrespeitosa com os demais dirigentes".

A insatisfação da senadora foi tão grande que abriu espaço para o vice-presidente Michel Temer convidá-la a ingressar no PMDB. Kátia agradeceu o convite e disse que iria refletir e só tomaria uma decisão depois das eleições municipais.

Este encontro será marcado pelo primeiro embate entre os dois e a aposta geral é de que ela vai cobrar o presidente pela interferência que contraria o estatuto do partido, O artigo 60 do estatuto diz que "compete à Executiva Nacional suspender ou cancelar a realização de Convenções Municipais e Estaduais, sejam ordinárias, ou extraordinárias, bem como anular as realizadas, quando assim determinar o interesse partidário". Também atribui à executiva nacional a tarefa de "designar comissões provisórias e interventoras estaduais e municipais, de acordo com as disposições deste estatuto". Isto significa, na prática, que Kassab teria que ter convocado uma reunião de emergência com os 25 dirigentes nacionais da legenda para decretar a intervenção.

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Brant não foi o único que se queixou da medida de força do presidente, que não consultou nenhum dirigente para desmontar a parceria com o PSB do prefeito Márcio Lacerda, que disputa a reeleição apoiado pelo PSDB do senador Aécio Neves (MG). Na verdade, quem mais se rebelou contra a intervenção e abriu dissidência interna contra o comandante do partido foi a primeira vice-presidente e senadora Katia Abreu (TO), para quem Kassab teria agido de forma "truculenta, desleal e desrespeitosa com os demais dirigentes".

A insatisfação da senadora foi tão grande que abriu espaço para o vice-presidente Michel Temer convidá-la a ingressar no PMDB. Kátia agradeceu o convite e disse que iria refletir e só tomaria uma decisão depois das eleições municipais.

Este encontro será marcado pelo primeiro embate entre os dois e a aposta geral é de que ela vai cobrar o presidente pela interferência que contraria o estatuto do partido, O artigo 60 do estatuto diz que "compete à Executiva Nacional suspender ou cancelar a realização de Convenções Municipais e Estaduais, sejam ordinárias, ou extraordinárias, bem como anular as realizadas, quando assim determinar o interesse partidário". Também atribui à executiva nacional a tarefa de "designar comissões provisórias e interventoras estaduais e municipais, de acordo com as disposições deste estatuto". Isto significa, na prática, que Kassab teria que ter convocado uma reunião de emergência com os 25 dirigentes nacionais da legenda para decretar a intervenção.

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