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PSB defenderá diretas e pedirá renúncia de Temer, diz secretário

Comissão executiva nacional do partido está reunida em Brasília para definição de ações contrárias ao governo Temer

Renato Casagrande: "Não podemos dizer que saímos de um governo que nunca entramos" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de maio de 2017 às 14h35.

Última atualização em 20 de maio de 2017 às 15h35.

Brasília - O PSB deve publicar em breve uma nota em que determina fechamento de questão pela PEC de eleições diretas.A comissão executiva nacional do partido está reunida em Brasília para definição de ações contrárias ao governo Temer .

O secretário-geral do partido, Renato Casagrande (ES), afirmou que o PSB vai pedir a renúncia imediata de Michel Temer e fechar questão nas votações a favor de eleições diretas para presidente. "Não podemos dizer que saímos de um governo que nunca entramos. Mas quem pede renúncia do presidente com certeza não é independente", afirmou.

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Além do ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, a reunião da comissão executiva conta com a presença do presidente do PSB, Carlos Siqueira, dos senadores Lídice da Mata (BA) e João Capiberibe (AP), do deputado Júlio Delgado (MG), do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, entre outros.

"O partido vai caminhar para a oposição completa ao governo", afirmou Delgado. O deputado confirmou que o partido vai pedir a renúncia de Temer, além de celeridade no julgamento de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE. "Não podemos esperar até 6 de junho", avalia.

Entrega de cargos

De acordo com Delgado, a situação do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ainda será definida pela comissão executiva. Os integrantes ainda não entraram em acordo se devem escrever explicitamente na nota que o partido abandonará os cargos.

"Talvez ele seja até implicado a pedir licença do partido para continuar exercendo o cargo. Não foi resolvido, mas a posição do partido é clara. Se ele quiser ficar no navio, tocando o violino do Titanic, essa é uma opção dele", afirmou Delgado.

O senador Fernando Bezerra Coelho, pai do ministro de Minas e Energia, não chegou à reunião da executiva até o momento, apesar de integrar o grupo. O senador tem mantido apoio ao presidente Michel Temer.

Em entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, Bezerra avaliou como "positivo" o pronunciamento do presidente Michel Temer e afirmou que é necessário "cautela e prudência" do PSB sobre decisão de permanência do partido na base. "Está todo mundo conversando, não temos uma posição final. Vamos ver como será a decisão amanhã", disse.

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