Protesto no Rio exige informações sobre Amarildo
Cerca de 70 pessoas participaram de protesto para exigir informações sobre a localização do corpo do pedreiro que teria sido assassinado pela polícia
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2013 às 12h46.
Rio de Janeiro - Cerca de 70 pessoas participaram neste sábado de um protesto para exigir informações sobre a localização do corpo de Amarildo de Souza, o pedreiro que teria sido torturado e assassinado pela polícia no Rio de Janeiro e cujo desaparecimento se transformou em um caso emblemático no país.
Os manifestantes percorreram várias ruas da Rocinha, onde o pedreiro desapareceu em 14 de julho depois de ter sido detido pela polícia pacificadora que ocupa a favela.
Os promotores responsáveis pela investigação do desaparecimento solicitaram até agora a detenção de 25 policiais acusados de terem torturado o operário até sua morte em uma UPP e escondido seu cadáver.
O caso de Amarildo, que mobilizou milhares de pessoas especialmente no Rio de Janeiro, também foi utilizado para chamar a atenção sobre as quase 35 mil pessoas que desapareceram desde 2007 no Rio de Janeiro.
O desaparecimento é considerado emblemático especialmente porque é atribuída a agentes de uma das novas unidades da polícia militar instaladas em comunidades controladas pelo narcotráfico para pacificá-las e retomar o controle por parte do Estado.
A política de "pacificação" das favelas beneficia atualmente cerca de trinta bairros em que as organizações criminosas atuavam impunemente e que foram ocupadas com a ajuda do Exército.
A passeata de protesto deste sábado começou em frente a um posto policial na entrada da Rocinha e terminou em frente à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no topo do morro e onde, segundo as investigações da promotoria, Amarildo foi torturado e morto.
Os manifestantes exibiram cartazes com críticas à violência policial nas favelas e exigindo a seja revelada a localização do corpo de Amarildo.
Vários usavam máscaras com o rosto do pedreiro distribuídas pela ONG Rio de Paz, uma dos organizadores do protesto.
Os participantes utilizaram um boneco envolvido em plástico para realizar um velório simbólico do desaparecido em uma área atrás da UPP e onde o corpo de Amarildo teria sido enterrado.
Segundo as investigações, após morrer dentro da UPP, os policiais responsáveis pelo assassinato envolveram seu corpo em um plástico e o retiraram da dependência policial por uma mata nos fundos da unidade.
"A família tem direito a enterrar o corpo", afirmou o presidente da organização Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, ao resumir as reivindicações dos manifestantes. Segundo Costa, o número de participantes do protesto mostra o "medo" que os moradores da Rocinha têm da polícia.
Rio de Janeiro - Cerca de 70 pessoas participaram neste sábado de um protesto para exigir informações sobre a localização do corpo de Amarildo de Souza, o pedreiro que teria sido torturado e assassinado pela polícia no Rio de Janeiro e cujo desaparecimento se transformou em um caso emblemático no país.
Os manifestantes percorreram várias ruas da Rocinha, onde o pedreiro desapareceu em 14 de julho depois de ter sido detido pela polícia pacificadora que ocupa a favela.
Os promotores responsáveis pela investigação do desaparecimento solicitaram até agora a detenção de 25 policiais acusados de terem torturado o operário até sua morte em uma UPP e escondido seu cadáver.
O caso de Amarildo, que mobilizou milhares de pessoas especialmente no Rio de Janeiro, também foi utilizado para chamar a atenção sobre as quase 35 mil pessoas que desapareceram desde 2007 no Rio de Janeiro.
O desaparecimento é considerado emblemático especialmente porque é atribuída a agentes de uma das novas unidades da polícia militar instaladas em comunidades controladas pelo narcotráfico para pacificá-las e retomar o controle por parte do Estado.
A política de "pacificação" das favelas beneficia atualmente cerca de trinta bairros em que as organizações criminosas atuavam impunemente e que foram ocupadas com a ajuda do Exército.
A passeata de protesto deste sábado começou em frente a um posto policial na entrada da Rocinha e terminou em frente à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no topo do morro e onde, segundo as investigações da promotoria, Amarildo foi torturado e morto.
Os manifestantes exibiram cartazes com críticas à violência policial nas favelas e exigindo a seja revelada a localização do corpo de Amarildo.
Vários usavam máscaras com o rosto do pedreiro distribuídas pela ONG Rio de Paz, uma dos organizadores do protesto.
Os participantes utilizaram um boneco envolvido em plástico para realizar um velório simbólico do desaparecido em uma área atrás da UPP e onde o corpo de Amarildo teria sido enterrado.
Segundo as investigações, após morrer dentro da UPP, os policiais responsáveis pelo assassinato envolveram seu corpo em um plástico e o retiraram da dependência policial por uma mata nos fundos da unidade.
"A família tem direito a enterrar o corpo", afirmou o presidente da organização Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, ao resumir as reivindicações dos manifestantes. Segundo Costa, o número de participantes do protesto mostra o "medo" que os moradores da Rocinha têm da polícia.