Por coronavírus, governo avalia fechar fronteira e mudar protocolo de voos
A EXAME apurou que existe a possibilidade de o Brasil adotar novos procedimentos em relação à chegada de aviões com passageiros de outros países
Clara Cerioni
Publicado em 16 de março de 2020 às 14h31.
Última atualização em 16 de março de 2020 às 18h48.
São Paulo — Acabou agora há pouco uma reunião no Ministério da Defesa, que começou às 11 horas, sobre possíveis medidas em relação ao fechamento das fronteiras do Brasil com outros países, segundo apurou a EXAME.
O objetivo é reduzir as probabilidades de propagação do coronavírus .
Participaram da reunião o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o general Augusto Heleno, o ministro Sergio Moro, o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, e o ministro da Casa Civil, Braga Neto, além do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Veleixo, e Antonio Barra Torres, diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Uma das maiores preocupações é a Venezuela. Desconfia-se que o número de casos no país esteja subnotificado, como parece estar acontecendo no Irã, que oficialmente tem quase 15.000 casos. Ambos os países são regimes fechados, em que as informações são pouco transparentes.
Além do mais, a Venezuela possui um sistema de saúde precário, o que faria com que pessoas que morem perto da fronteira viessem a buscar atendimento médico no sistema brasileiro.
Foi discutida também a possibilidade de adotar novos procedimentos em relação à chegada de aviões com passageiros de outros países. Outro assunto que esteve em pauta foi a implementação de novas regras para o funcionamento da Esplanada dos Ministérios e para a circulação de pessoas nos gabinetes do governo.
É aguardado um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro ou do ministro Fernando Azevedo e Silva nas próximas horas.