37 mortos, 296 desaparecidos: evacuação por risco de nova barragem romper
Sirene de alerta foi acionada às 5h30; equipes do Corpo de Bombeiros estão levando as pessoas para locais mais altos da cidade mineira
Mariana Desidério
Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 08h06.
Última atualização em 27 de janeiro de 2019 às 09h12.
A população de Brumadinho (MG) que mora perto da barragem B6 está sendo retirada de suas casas. O motivo é o risco iminente de rompimento da quarta barragem, o que levou engenheiros e técnicos a acionarem a sirene de alerta, às 5h30.
“Essas áreas para onde as pessoas estão sendo levadas são as previstas pelo plano de emergência. O Corpo de Bombeiros continua com suas aeronaves de prontidão, caso seja necessário deslocar equipes para regiões mais distantes ou até promover atividades de resgate e salvamento”, afirma o tenente-coronel Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros.
As pessoas serão realocadas para uma região que fica 120 metros acima do local de onde pode ocorrer a inundação. “São locais mais altos que ficam dentro da própria comunidade que não serão afetados”, acrescenta.
A barragem B6 contém apenas água e está sendo esvaziada desde às 5h da manhã de sábado. A expectativa era de que o procedimento durasse 37 horas e mitigasse o risco de rompimento. Essa é a quarta barragem a apresentar possibilidade de rompimento. Na sexta-feira, 25, o rompimento de três barragens provocou a morte de 37 pessoas. Outras 296 pessoas continuam desaparecidas, de acordo com as últimas informações disponíveis.
Segundo Celso Júnior, da organização Bombeiros Unidos Sem Fronteira, que chegou nesta madrugada a Brumadinho com 14 pessoas de São Paulo e está ajudando nos resgates, há duas possibilidades caso a quarta barragem se rompa. “A água pode tanto solidificar o material que já escoou, o que dificultaria a busca por corpos, como ela também pode lavar o local e facilitar o resgate”.
Em nota, a Vale disse que continua monitorando a situação juntamente com a Defesa Civil.
Atualizado às 9h02.