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Polícia nega existirem provas de assassinatos no Carandiru

"Passados 21 anos, queria que me dissessem em quem eu atirei", afirmou ao juiz o policial Madia, que na época da rebelião era tenente da Rota

"Eu entrei (na prisão), não nego. Meus homens também. Assumimos que disparamos. Sei o que não fizemos", disse Madia perante o juiz, negando ter participação nas mortes. (Antonio Milena / VEJA)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 21h11.

São Paulo - O tenente-coronel Salvador Modesto Madia, da Polícia Militar de São Paulo, negou nesta quinta-feira a existência de provas sobre a responsabilidade de seus homens no massacre do Carandiru, que vitimou 111 presos em 1992.

Em depoimento, que durou mais de quatro horas, Madia admitiu que os policiais atiraram para conter um motim de detentos na prisão do Carandiru, em São Paulo, mas negou que os assassinatos possam ser atribuídos a algum agente.

"Eu entrei (na prisão), não nego. Meus homens também. Assumimos que disparamos. Sei o que não fizemos", disse Madia perante o juiz, negando ter participação nas mortes .

"Passados 21 anos, queria que me dissessem em quem eu atirei", afirmou ao juiz o policial, que na época da rebelião era tenente da Rota, tropa de elite da PM.

O depoimento de Madia foi o único que aconteceu hoje no julgamento, que está na segunda fase, na qual se analisa a responsabilidade de 25 policiais em 73 dos assassinatos.

Madia também declarou que a intervenção policial durou 15 minutos, tempo no qual, segundo ele, seria materialmente impossível matar 73 pessoas.

Na primeira fase do julgamento, em abril, o júri condenou a 156 anos de prisão cada um dos 23 agentes acusados pela morte de 13 presos que foram encontrados em suas celas no segundo pavilhão do Carandiru, a maior prisão de São Paulo.

Devido às dimensões do julgamento, que levará ao banco dos réus um total de 78 policiais, o processo foi dividido em quatro fases, uma por cada pavilhão do Carandiru.

A prisão foi desativada em 2002 e demolida anos depois para dar lugar à construção de um parque público.

O caso foi retratado no cinema através do aclamado filme "Carandiru", do diretor argentino Héctor Babenco, e também na literatura, com livros como "Estação Carandiru", do médico Drauzio Varella, que trabalhava no presídio na época.

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São Paulo - O tenente-coronel Salvador Modesto Madia, da Polícia Militar de São Paulo, negou nesta quinta-feira a existência de provas sobre a responsabilidade de seus homens no massacre do Carandiru, que vitimou 111 presos em 1992.

Em depoimento, que durou mais de quatro horas, Madia admitiu que os policiais atiraram para conter um motim de detentos na prisão do Carandiru, em São Paulo, mas negou que os assassinatos possam ser atribuídos a algum agente.

"Eu entrei (na prisão), não nego. Meus homens também. Assumimos que disparamos. Sei o que não fizemos", disse Madia perante o juiz, negando ter participação nas mortes .

"Passados 21 anos, queria que me dissessem em quem eu atirei", afirmou ao juiz o policial, que na época da rebelião era tenente da Rota, tropa de elite da PM.

O depoimento de Madia foi o único que aconteceu hoje no julgamento, que está na segunda fase, na qual se analisa a responsabilidade de 25 policiais em 73 dos assassinatos.

Madia também declarou que a intervenção policial durou 15 minutos, tempo no qual, segundo ele, seria materialmente impossível matar 73 pessoas.

Na primeira fase do julgamento, em abril, o júri condenou a 156 anos de prisão cada um dos 23 agentes acusados pela morte de 13 presos que foram encontrados em suas celas no segundo pavilhão do Carandiru, a maior prisão de São Paulo.

Devido às dimensões do julgamento, que levará ao banco dos réus um total de 78 policiais, o processo foi dividido em quatro fases, uma por cada pavilhão do Carandiru.

A prisão foi desativada em 2002 e demolida anos depois para dar lugar à construção de um parque público.

O caso foi retratado no cinema através do aclamado filme "Carandiru", do diretor argentino Héctor Babenco, e também na literatura, com livros como "Estação Carandiru", do médico Drauzio Varella, que trabalhava no presídio na época.

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