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Polícia Federal faz operação contra tráfico de pessoas

A investigação apura possível envolvimento de funcionários de uma companhia aérea e colaboradores do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos

Polícia Federal: deflagrada nesta terça-feira operação contra o tráfico de pessoas para Brasil, Estados Unidos e México (Vagner Rosário/VEJA)

Polícia Federal: deflagrada nesta terça-feira operação contra o tráfico de pessoas para Brasil, Estados Unidos e México (Vagner Rosário/VEJA)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 10h42.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira operação contra o tráfico de pessoas para Brasil, Estados Unidos e México, em investigação que apura possível envolvimento de funcionários de uma companhia aérea e colaboradores do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Como parte da operação Philoteus, realizada em cooperação com autoridades do México e dos Estados Unidos, agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Guarulhos, São Paulo e no Distrito Federal, informou a PF em comunicado.

A investigação foi iniciada em setembro de 2015, depois que um grupo de estrangeiros da Índia e de Bangladesh foi identificado tentando entrar no Brasil com documentos falsos, por meio da fronteira com o Paraguai.

A investigação apurou que no caso de viagens aos Estados Unidos, os envolvidos aterrissavam no Brasil para realização de conexão, recebendo documentos falsos na área restrita do aeroporto. Depois, na posse dos documentos, seguiam para o destino final.

"Os indícios apontam que os traficantes estrangeiros se associaram a funcionários de companhia aérea e colaboradores terceirizados do Aeroporto Internacional de São Paulo para que pudessem enviar documentos aos indivíduos na área restrita, que aguardavam a conexão", disse a PF em comunicado.

A investigação descobriu também que cidadãos da Índia e de Bangladesh foram trazidos ilegalmente ao Brasil por meio de fronteiras secas.

Os investigados pela operação Philoteus responderão pelos crimes de tráfico de pessoas, aliciamento com fins de imigração e falsificação de documento público, segundo a PF.

A companhias aérea com funcionários suspeitos de envolvimento no esquema criminosos não foi identificada pela PF. Procurado, o Aeroporto Internacional de São Paulo não tinha um posicionamento de imediato sobre a operação.

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