Polícia do Rio indicia Ronnie Lessa por tráfico internacional de armas
De acordo com a investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa e sua filha traficaram peças de armas da China para serem montadas no Brasil
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de julho de 2020 às 13h15.
Última atualização em 13 de julho de 2020 às 15h32.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o policial militar (PM) reformado Ronnie Lessa - que está preso acusado de participação nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes - pelo crime de tráfico internacional de armas. Uma filha de Lessa também foi indiciada.
Segundo o delegado Marcus Amim, titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Ronnie Lessa e sua filha traficaram peças de armas da China para serem montadas no Brasil. As transações teriam ocorrido a partir de 2014.
As investigações apontam que o PM reformado comprava as peças no país asiático pela internet. Após isso, ele encaminhava o material para os Estados Unidos, onde sua filha morava. Ela, então, ficava responsável por trocar as embalagens originais, colocando em outras com o título "peças de metal" para enganar a fiscalização aeroportuária e facilitar a entrada das peças no Brasil.
Ainda de acordo com o delegado, quando as peças chegavam ao País Ronnie Lessa montava as armas e as vendia para narcotraficantes e milicianos.
Defesa
A reportagem tenta contato com a defesa de Ronnie Lessa. O espaço está aberto para manifestações.