Exame Logo

Polícia acredita que artista Jorge Selarón se suicidou

Artista é o criador da escadaria Selarón, no bairro da Lapa, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade e onde o artista foi encontrado morto na manhã de ontem

Escadaria Selarón, na Lapa: delegada Renata Araújo disse que oito testemunhas já foram ouvidas, incluído um antigo ajudante do artista, Paulo Sérgio Rabello (Donmatas/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 19h22.

Rio de Janeiro - A Divisão de Homicídio da Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira que a principal linha de investigação no caso da morte do artista plástico chileno Jorge Selarón é suicídio.

O artista é o criador da escadaria Selarón, no bairro da Lapa, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade e onde o artista foi encontrado morto na manhã de ontem.

Em entrevista coletiva, a delegada Renata Araújo disse que oito testemunhas já foram ouvidas, incluído um antigo ajudante do artista, Paulo Sérgio Rabello. Selerón denunciou antes de morrer que seu ex-funcionário estava o ameaçando.

Durante o depoimento, Rabello explicou que estava em sua casa na hora do ocorrido e reconheceu ter discutido com Selarón, mas negou ter ameaçado o artista.

Segundo a investigação, Selarón morreu carbonizado e não foi detectada nenhuma outra lesão. A perícia revelou que o material inflamável foi jogado de cima par abaixo, o que dá indícios de que a vítima derrubou o líquido em si mesmo. O corpo apresentava queimaduras e junto ao artista foi encontrada uma lata de solvente.

Renata Araújo também informou que serão interrogadas mais testemunhas nos próximos dias. O corpo do chileno permanece no Instituto Médico Legal.


Selarón se instalou no Rio no início dos anos 1990 e, por iniciativa própria, em 1994 começou a decorar com azulejos coloridos as escadas da Rua Manoel Carneiro, que liga a Lapa a Santa Teresa.

A intervenção de Selarón se tornou um dos principais pontos turísticos e foi tombado como patrimônio da cidade do Rio de Janeiro desde 2005.

O artista chileno trocava frequentemente muitos dos azulejos que decoram os 215 degraus da escada e, com o tempo, foi incorporando peças de cerâmica de cidades de todo o mundo que ele mesmo comprava em viagens ou que turistas que visitavam as escadas lhe davam de presente.

O chileno costumava puxar conversa com os turistas diariamente na escada, onde fixou sua residência e seu ateliê de cerâmica, e vendia azulejos.

O jornal "O Globo" publicou ontem uma entrevista na qual Selarón denunciou que desde novembro estava recebendo ameaças de morte de Paulo Sergio Rabello.

Amigos do artista, que não se identificaram, disseram ontem que o chileno estava deprimido desde que começou a receber as ameaças de seu colaborador, que pedia mais dinheiro pela venda dos quadros feitos na oficina.

Veja também

Rio de Janeiro - A Divisão de Homicídio da Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira que a principal linha de investigação no caso da morte do artista plástico chileno Jorge Selarón é suicídio.

O artista é o criador da escadaria Selarón, no bairro da Lapa, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade e onde o artista foi encontrado morto na manhã de ontem.

Em entrevista coletiva, a delegada Renata Araújo disse que oito testemunhas já foram ouvidas, incluído um antigo ajudante do artista, Paulo Sérgio Rabello. Selerón denunciou antes de morrer que seu ex-funcionário estava o ameaçando.

Durante o depoimento, Rabello explicou que estava em sua casa na hora do ocorrido e reconheceu ter discutido com Selarón, mas negou ter ameaçado o artista.

Segundo a investigação, Selarón morreu carbonizado e não foi detectada nenhuma outra lesão. A perícia revelou que o material inflamável foi jogado de cima par abaixo, o que dá indícios de que a vítima derrubou o líquido em si mesmo. O corpo apresentava queimaduras e junto ao artista foi encontrada uma lata de solvente.

Renata Araújo também informou que serão interrogadas mais testemunhas nos próximos dias. O corpo do chileno permanece no Instituto Médico Legal.


Selarón se instalou no Rio no início dos anos 1990 e, por iniciativa própria, em 1994 começou a decorar com azulejos coloridos as escadas da Rua Manoel Carneiro, que liga a Lapa a Santa Teresa.

A intervenção de Selarón se tornou um dos principais pontos turísticos e foi tombado como patrimônio da cidade do Rio de Janeiro desde 2005.

O artista chileno trocava frequentemente muitos dos azulejos que decoram os 215 degraus da escada e, com o tempo, foi incorporando peças de cerâmica de cidades de todo o mundo que ele mesmo comprava em viagens ou que turistas que visitavam as escadas lhe davam de presente.

O chileno costumava puxar conversa com os turistas diariamente na escada, onde fixou sua residência e seu ateliê de cerâmica, e vendia azulejos.

O jornal "O Globo" publicou ontem uma entrevista na qual Selarón denunciou que desde novembro estava recebendo ameaças de morte de Paulo Sergio Rabello.

Amigos do artista, que não se identificaram, disseram ontem que o chileno estava deprimido desde que começou a receber as ameaças de seu colaborador, que pedia mais dinheiro pela venda dos quadros feitos na oficina.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisMortesRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame