Planalto vai intervir se Castro for ao 2º turno, diz fonte
O Palácio do Planalto vai usar sua força para interferir na disputa pela presidência da Câmara se Marcelo Castro chegar no segundo turno, disse fonte
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2016 às 21h08.
Brasília - O Palácio do Planalto vai usar sua força para interferir na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados se Marcelo Castro (PMDB-PI) for um dos candidatos a chegar no segundo turno, disse à Reuters uma fonte próxima ao presidente interino Michel Temer .
Apesar de ter agido para retirar votos a Castro dentro da bancada do PMDB, o Planalto ainda vê a possibilidade do deputado ter entre 30 e 35 votos peemedebistas, o que aumenta suas chances de chegar ao segundo turno da disputa.
Castro ainda agregou à sua candidatura boa parte do PT, PDT e PcdoB, que responderam ao fato de Castro ter se mantido fiel à presidente afastada Dilma Rousseff até a abertura do processo de impeachment.
Ex-ministro da Saúde de Dilma, o deputado é tratado como uma candidatura de oposição no Planalto, mesmo sendo do mesmo partido de Temer.
“A candidatura dele (Castro) é de oposição. Vem embalada no descontentamento de parte da bancada do PMDB com o governo e apoiada por aqueles que fazem oposição aberta. Não há hipótese dessa candidatura ser considerada da base”, disse a fonte. “Caso Marcelo Castro seja um dos nomes no segundo turno o Planalto vai entrar”, afirmou a fonte.
Castro é um dos três nomes mais competitivos entre os 14 candidatos, ao lado de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF), ambos vistos pelo Planalto como candidatos da base governista de Temer.
Nas últimas horas, o Planalto viu desidratar a candidatura de Rosso, apresentada pelo grupo de deputados conhecido como centrão, formado por parlamentares de mais de 10 partidos, enquanto Castro e Maia arregimentavam apoios, ainda que em campos opostos.
Tanto Maia quanto Castro teriam herdado votos que inicialmente eram contabilizados para Rosso, disse a fonte. Rosso, primeiro nome a receber a simpatia do Planalto na disputa, passou a ser vinculado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que o apontou como seu preferido para sucedê-lo.
Além disso, nas últimas horas surgiram acusações de que Rosso teria recebido propinas dentro do esquema de corrupção no Distrito Federal que ficou conhecido como “mensalão do DEM”. “Foram dois golpes que ele teve pouco tempo para reagir”, disse a fonte.
Na avaliação de uma segunda fonte palaciana, Rosso ainda tem condições de chegar ao segundo turno, especialmente depois das articulações de última hora que levaram às retiradas das candidaturas de Fausto Pinato (PP-SP) e Beto Mansur (PRB-SP) --ambos do centrão-- em favor de Rosso.
“O nome certo agora no segundo turno é Rodrigo Maia. O segundo vai depender de quem continua perdendo votos. Rosso ainda continua desidratando, Castro aparentemente parou”, disse.
Até agora, pessoalmente Temer manteve alguma distância da disputa, apesar de ter ido ao jantar de aniversário do ministro da Educação, Mendonça Filho, garantir aos líderes do PSDB e do DEM, partido do ministro, que tinha simpatia pela candidatura de Maia.
Seus auxiliares mais próximos, no entanto, trabalharam para tentar diminuir o número de candidaturas e evitar um racha na base. Temer assistirá parte da votação no Palácio do Planalto, mas seguirá a sessão em casa, no Palácio do Jaburu, e planeja telefonar ao eleito assim que sair o resultado. Na quinta-feira, deve receber o presidente eleito.
Brasília - O Palácio do Planalto vai usar sua força para interferir na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados se Marcelo Castro (PMDB-PI) for um dos candidatos a chegar no segundo turno, disse à Reuters uma fonte próxima ao presidente interino Michel Temer .
Apesar de ter agido para retirar votos a Castro dentro da bancada do PMDB, o Planalto ainda vê a possibilidade do deputado ter entre 30 e 35 votos peemedebistas, o que aumenta suas chances de chegar ao segundo turno da disputa.
Castro ainda agregou à sua candidatura boa parte do PT, PDT e PcdoB, que responderam ao fato de Castro ter se mantido fiel à presidente afastada Dilma Rousseff até a abertura do processo de impeachment.
Ex-ministro da Saúde de Dilma, o deputado é tratado como uma candidatura de oposição no Planalto, mesmo sendo do mesmo partido de Temer.
“A candidatura dele (Castro) é de oposição. Vem embalada no descontentamento de parte da bancada do PMDB com o governo e apoiada por aqueles que fazem oposição aberta. Não há hipótese dessa candidatura ser considerada da base”, disse a fonte. “Caso Marcelo Castro seja um dos nomes no segundo turno o Planalto vai entrar”, afirmou a fonte.
Castro é um dos três nomes mais competitivos entre os 14 candidatos, ao lado de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF), ambos vistos pelo Planalto como candidatos da base governista de Temer.
Nas últimas horas, o Planalto viu desidratar a candidatura de Rosso, apresentada pelo grupo de deputados conhecido como centrão, formado por parlamentares de mais de 10 partidos, enquanto Castro e Maia arregimentavam apoios, ainda que em campos opostos.
Tanto Maia quanto Castro teriam herdado votos que inicialmente eram contabilizados para Rosso, disse a fonte. Rosso, primeiro nome a receber a simpatia do Planalto na disputa, passou a ser vinculado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que o apontou como seu preferido para sucedê-lo.
Além disso, nas últimas horas surgiram acusações de que Rosso teria recebido propinas dentro do esquema de corrupção no Distrito Federal que ficou conhecido como “mensalão do DEM”. “Foram dois golpes que ele teve pouco tempo para reagir”, disse a fonte.
Na avaliação de uma segunda fonte palaciana, Rosso ainda tem condições de chegar ao segundo turno, especialmente depois das articulações de última hora que levaram às retiradas das candidaturas de Fausto Pinato (PP-SP) e Beto Mansur (PRB-SP) --ambos do centrão-- em favor de Rosso.
“O nome certo agora no segundo turno é Rodrigo Maia. O segundo vai depender de quem continua perdendo votos. Rosso ainda continua desidratando, Castro aparentemente parou”, disse.
Até agora, pessoalmente Temer manteve alguma distância da disputa, apesar de ter ido ao jantar de aniversário do ministro da Educação, Mendonça Filho, garantir aos líderes do PSDB e do DEM, partido do ministro, que tinha simpatia pela candidatura de Maia.
Seus auxiliares mais próximos, no entanto, trabalharam para tentar diminuir o número de candidaturas e evitar um racha na base. Temer assistirá parte da votação no Palácio do Planalto, mas seguirá a sessão em casa, no Palácio do Jaburu, e planeja telefonar ao eleito assim que sair o resultado. Na quinta-feira, deve receber o presidente eleito.