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Planalto quer saber se delação de Delcídio será homologada

Advogados ligados ao Planalto afirmam que a parte do texto divulgado pela revista não parece uma delação premiada e apostam em uma tentativa de acordo

Palácio do Planalto: segundo fonte da Reuters, equipe do governo quer se preparar para a possibilidade de homologação do depoimento (.)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 21h19.

Brasília - O Palácio do Planalto está preocupado em saber agora se o acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi, ou ao menos será, de fato homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki para descobrir com o que terá que lidar nos próximos dias, disse à Reuters uma fonte palaciana.

Depois de um dia tenso, em que tentou se organizar para responder às informações sobre a suposta delação publicadas pela revista IstoÉ, que envolvem a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , a avaliação no Planalto é de que a reação conjunta e indignada do governo surtiu algum efeito.

No entanto, não se sabe o que poderá vir nas próximas semanas. Advogados ligados ao Planalto afirmam que a parte do texto divulgado pela revista não parece uma delação premiada e apostam em uma tentativa de um acordo, que ainda depende de homologação e pode ou não ser aceita por Zavascki.

Se for aceita, o governo terá que se preparar para uma nova onda de detalhes sobre a acusações de Delcídio, que está com a filiação ao PT suspensa.

A quinta-feira foi nervosa no Palácio do Planalto. A presidente foi informada sobre o teor da reportagem pelo ministro da Casa Civil , Jaques Wagner – que, por sua vez, fora avisado pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva – e ficou, de acordo com a fonte, “irritadíssima” com as supostas acusações do senador.

Logo no final da manhã, Dilma convocou Wagner e o novo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, para uma reunião de emergência e deu a ambos a missão de responder às acusações.

A intenção do governo era esperar uma manifestação de Delcídio – o que acabou sendo feito por nota, no final da tarde, na qual o senador diz que "não confirma" o conteúdo da matéria da revista e diz desconhecer os documentos apresentados na reportagem.

A demora da resposta, no entanto, fez com que Wagner e Cardozo partissem para o ataque. A ordem era desqualificar as informações e o próprio senador, além de levantar dúvidas sobre uma delação que teria sido vazada antes mesmo de ser homologada pela Justiça.

Apesar da reação de seus ministros, a própria presidente avaliou que precisava reagir, o que aconteceu por meio de uma nota divulgada no início da noite, acompanhada depois de uma cópia do ofício enviado em abril de 2014 ao procurador-geral da República como resposta a questões sobre a compra da refinaria de Pasadena, citada na matéria da IstoÉ.

Delcídio foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras. Ele foi solto no mês passado, após quase 90 dias preso.

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Brasília - O Palácio do Planalto está preocupado em saber agora se o acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi, ou ao menos será, de fato homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki para descobrir com o que terá que lidar nos próximos dias, disse à Reuters uma fonte palaciana.

Depois de um dia tenso, em que tentou se organizar para responder às informações sobre a suposta delação publicadas pela revista IstoÉ, que envolvem a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , a avaliação no Planalto é de que a reação conjunta e indignada do governo surtiu algum efeito.

No entanto, não se sabe o que poderá vir nas próximas semanas. Advogados ligados ao Planalto afirmam que a parte do texto divulgado pela revista não parece uma delação premiada e apostam em uma tentativa de um acordo, que ainda depende de homologação e pode ou não ser aceita por Zavascki.

Se for aceita, o governo terá que se preparar para uma nova onda de detalhes sobre a acusações de Delcídio, que está com a filiação ao PT suspensa.

A quinta-feira foi nervosa no Palácio do Planalto. A presidente foi informada sobre o teor da reportagem pelo ministro da Casa Civil , Jaques Wagner – que, por sua vez, fora avisado pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva – e ficou, de acordo com a fonte, “irritadíssima” com as supostas acusações do senador.

Logo no final da manhã, Dilma convocou Wagner e o novo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, para uma reunião de emergência e deu a ambos a missão de responder às acusações.

A intenção do governo era esperar uma manifestação de Delcídio – o que acabou sendo feito por nota, no final da tarde, na qual o senador diz que "não confirma" o conteúdo da matéria da revista e diz desconhecer os documentos apresentados na reportagem.

A demora da resposta, no entanto, fez com que Wagner e Cardozo partissem para o ataque. A ordem era desqualificar as informações e o próprio senador, além de levantar dúvidas sobre uma delação que teria sido vazada antes mesmo de ser homologada pela Justiça.

Apesar da reação de seus ministros, a própria presidente avaliou que precisava reagir, o que aconteceu por meio de uma nota divulgada no início da noite, acompanhada depois de uma cópia do ofício enviado em abril de 2014 ao procurador-geral da República como resposta a questões sobre a compra da refinaria de Pasadena, citada na matéria da IstoÉ.

Delcídio foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, que investiga um bilionário esquema de corrupção na Petrobras. Ele foi solto no mês passado, após quase 90 dias preso.

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