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Pinto deixa Bolívia escoltado por militares brasileiros

Senador, que estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz, deixou seu país em um carro oficial do governo brasileiro

Senador boliviano opositor de Evo Morales Roger Pinto: governo boliviano o acusa de diversos crimes de corrupção (©AFP / Jorge Bernal)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 14h40.

Brasília - O senador boliviano Roger Pinto, que estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz, deixou seu país em um carro oficial do governo brasileiro e foi escoltado por soldados, disse neste domingo o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, que recebeu o político em Brasília.

Ferraço negou em declarações que Pinto seja um foragido da justiça boliviana, que o acusa de diversos crimes de corrupção pelos quais, inclusive, foi condenado em junho a um ano de prisão.

O governo boliviano não se pronunciou ainda oficialmente sobre o assunto, pois esperava uma "confirmação" do Brasil em relação à conflituosa saída do senador do país andino sem o necessário salvo-conduto.

Pinto estava refugiado na embaixada brasileira desde o dia 28 de maio de 2012 e dez dias depois o governo lhe concedeu o status de asilado político.

"Ele está acolhido no Brasil como refugiado, como perseguido político", disse Ferraço.

"Ele vinha sofrendo na Bolívia , simplesmente era o líder da oposição e denunciou todo o envolvimento do narcotráfico na Bolívia", afirmou Ferraço, que considerou a recusa do governo de Evo Morales de conceder o salvo-conduto para que pudesse viajar ao Brasil como uma atitude "de uma ditadura arbitrária".

O senador do PMDB negou também que Pinto tenha "fugido" de seu país.

"À medida em que o governo brasileiro já tinha dado asilo e já tinha solicitado salvo-conduto, e o salvo-conduto é de fato uma iniciativa de soberania nacional, eu não vejo qualquer problema na vinda dele para o Brasil que é, antes de tudo, um gesto de solidariedade humana", disse o senador Ferraço, apesar de as autoridades bolivianas não terem autorizado a saída de Pinto.

Ferraço deu detalhes de como Pinto deixou a embaixada brasileira em La Paz, na qual estava desde o dia 28 de maio de 2012 e da qual não podia sair por falta de salvo-conduto, que sempre foi negado pelo governo de Evo Morales.

O presidente Comissão de Relações Exteriores do Senado disse que o senador boliviano saiu em um carro "oficial" da embaixada, escoltado por "fuzileiros navais", e foi levado até a cidade de Corumbá, no lado brasileiro da fronteira.

Acrescentou que foi uma viagem de "22 horas" e que Pinto foi recebido em Corumbá por agentes da Polícia Federal.

Depois, o próprio Ferraço enviou até essa cidade um avião privado, no qual o senador boliviano embarcou durante a madrugada de hoje e se transferiu para Brasília.

Segundo o senador brasileiro, a operação que permitiu que Pinto pudesse burlar as autoridades bolivianas foi feita "em conjunto" por diversas autoridades brasileiras.

Ao chegar a Brasília, Pinto evitou dar declarações políticas, mas agradeceu o Brasil e suas "autoridades" pelos "esforços" que permitiram que ele deixasse seu país.

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Brasília - O senador boliviano Roger Pinto, que estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz, deixou seu país em um carro oficial do governo brasileiro e foi escoltado por soldados, disse neste domingo o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, que recebeu o político em Brasília.

Ferraço negou em declarações que Pinto seja um foragido da justiça boliviana, que o acusa de diversos crimes de corrupção pelos quais, inclusive, foi condenado em junho a um ano de prisão.

O governo boliviano não se pronunciou ainda oficialmente sobre o assunto, pois esperava uma "confirmação" do Brasil em relação à conflituosa saída do senador do país andino sem o necessário salvo-conduto.

Pinto estava refugiado na embaixada brasileira desde o dia 28 de maio de 2012 e dez dias depois o governo lhe concedeu o status de asilado político.

"Ele está acolhido no Brasil como refugiado, como perseguido político", disse Ferraço.

"Ele vinha sofrendo na Bolívia , simplesmente era o líder da oposição e denunciou todo o envolvimento do narcotráfico na Bolívia", afirmou Ferraço, que considerou a recusa do governo de Evo Morales de conceder o salvo-conduto para que pudesse viajar ao Brasil como uma atitude "de uma ditadura arbitrária".

O senador do PMDB negou também que Pinto tenha "fugido" de seu país.

"À medida em que o governo brasileiro já tinha dado asilo e já tinha solicitado salvo-conduto, e o salvo-conduto é de fato uma iniciativa de soberania nacional, eu não vejo qualquer problema na vinda dele para o Brasil que é, antes de tudo, um gesto de solidariedade humana", disse o senador Ferraço, apesar de as autoridades bolivianas não terem autorizado a saída de Pinto.

Ferraço deu detalhes de como Pinto deixou a embaixada brasileira em La Paz, na qual estava desde o dia 28 de maio de 2012 e da qual não podia sair por falta de salvo-conduto, que sempre foi negado pelo governo de Evo Morales.

O presidente Comissão de Relações Exteriores do Senado disse que o senador boliviano saiu em um carro "oficial" da embaixada, escoltado por "fuzileiros navais", e foi levado até a cidade de Corumbá, no lado brasileiro da fronteira.

Acrescentou que foi uma viagem de "22 horas" e que Pinto foi recebido em Corumbá por agentes da Polícia Federal.

Depois, o próprio Ferraço enviou até essa cidade um avião privado, no qual o senador boliviano embarcou durante a madrugada de hoje e se transferiu para Brasília.

Segundo o senador brasileiro, a operação que permitiu que Pinto pudesse burlar as autoridades bolivianas foi feita "em conjunto" por diversas autoridades brasileiras.

Ao chegar a Brasília, Pinto evitou dar declarações políticas, mas agradeceu o Brasil e suas "autoridades" pelos "esforços" que permitiram que ele deixasse seu país.

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