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1 milhão por dia: Pfizer vai fazer a maior entrega de vacinas ao Brasil

A partir desta terça-feira, 20, o laboratório vai entregar um lote de 13.265.460 de doses do imunizante em 13 dias

(Dado Ruvic/Reuters)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 19 de julho de 2021 às 15h03.

Última atualização em 20 de julho de 2021 às 07h35.

A Pfizer está preparando a maior operação de entregas de vacinas contra a covid-19 ao Brasil, dentro do contrato que tem com o Ministério da Saúde. A partir desta terça-feira, 20, até o dia 1⁰ de agosto, o laboratório vai entregar uma média de 1 milhão de doses por dia, totalizando um lote de 13.265.460 de doses do imunizante, desenvolvido em parceria com a BioNTech. Até esta segunda-feira, 19, o laboratório já entregou 17 milhões de doses.

A megaentrega será feita via aeroporto de Viracopos, em Campinas, e as vacinas virão da fábrica da Pfizer em Kalamazoo, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Elas então serão transportadas até Miami, e depois em um voo direto ao Brasil. Em território nacional, o imunizante será transportado ao centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, para ser enviado aos estados.

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De acordo com o laboratório, o plano logístico envolveu várias áreas para garantir o transporte, manter as condições de armazenamento, e celeridade no processo. Cada lote é descarregado em um tempo que varia entre 30 minutos e uma hora, dependendo da quantidade.

A vacina necessita ficar em uma temperatura entre -75⁰ C e -85⁰ C. Para manter a baixa temperatura, a Pfizer desenvolveu uma embalagem especial capaz de armazenar a vacina congelada, com o uso de gelo seco, que mantém as condições seguras por até 30 dias, desde que haja a troca do gelo seco a cada 5 dias.

O Brasil tem dois contratos de compra de vacinas da Pfizer. O primeiro tem a previsão de entregar 100 milhões de doses até o fim de setembro. O segundo contrato, também de 100 milhões de doses, prevê que as entregas ocorram até dezembro. Considerando que a vacina é de duas doses, este acordo vai imunizar 100 milhões de brasileiros.

Como funciona a vacina da Pfizer?

A vacina do laboratório Pfizer/BioNTech usa a nova tecnologia chamada de genética do RNA mensageiro. Dentro do imunizante há uma proteína do coronavírus que estimula o corpo a produzir anticorpos e impedir a infecção.

Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias e tem eficácia global de 95%. No Brasil, o Ministério da Saúde optou por usar com intervalo de três meses, o mesmo usado em outros países, como o Reino Unido.

Vacinas contratadas

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país contratou um total de 662 milhões de doses de vacina, com cronograma de entrega até o fim de 2021, ou seja, um excedente de 118 milhões - levando em conta a vacinação de toda a população.

Além da Pfizer, os maiores volumes foram comprados da Fiocruz/AstraZeneca (210 milhões), e do Instituto Butantan/Sinovac (130 milhões). Até o dia 19 de julho, o governo federal já distribuiu mais de 154 milhões de doses.

Considerando as duas doses de vacinas, ou a de dose única, até o momento o país tem mais de 34 milhões de pessoas protegidas contra a covid-19, o que equivale a 16% da população brasileira.

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