Sede da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 19h46.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2024 às 19h53.
A Polícia Federal vai pedir a inclusão dos dois fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN) no sistema de difusão laranja da Interpol (Polícia Internacional). Esse tipo de alerta ocorre quando as autoridades de um país identificam uma pessoa que representa ameaça iminente à sociedade.
Ligados a uma facção criminosa nascida no Rio de Janeiro e oriundos do Acre, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam do presídio federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, na madrugada desta quarta-feira.
A ação foi anunciada, em nota, pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A fuga inédita no sistema penitenciário federal é a primeira crise de segurança pública enfrentada pela sua gestão. Ele foi empossado no cargo no início de fevereiro no lugar de Flávio Dino.
A Polícia Federal já abriu um inquérito para apurar as circunstâncias da fuga e tentar levantar mais informações sobre onde os presos estão escondidos. Segundo o ministério, 100 agentes federais entre policiais e peritos foram enviados ao interior do Rio Grande do Norte para auxiliar nas investigações e na operação de recaptura. Os presos têm uma extensa ficha criminal e respondem a processos judiciais por assalto, homicídio e latrocínio.
Além do pedido de alerta laranja, Lewandowski anunciou que mandou realizar uma "imediata e abrangente revisão" de "todos os equipamentos e protocolos de segurança" nas cinco penitenciárias federais localizadas em Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF). Essas unidades abrigam atualmente os chefes das principais facções criminosas do país, como Marcos Herbas Camacho, o Marcola; Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar; e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.