PF indicia seis da Mossack Fonseca por organização criminosa
Para os investigadores, há indícios suficientes de que "todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência" no que atuavam
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2016 às 12h27.
São Paulo - A Polícia Federal indiciou seis funcionários que atuavam para a filial brasileira da firma panamenha Mossack Fonseca, especializada em abrir offshores , pelos crimes de ocultação de bens, organização criminosa e fraude, além da publicitária Nelci Warken, indiciada também por fraude e também por ocultação de bens.
É a primeira vez que a PF enquadra formalmente alvos da Operação Lava Jato ligados à empresa que ficou conhecida mundialmente após a investigação jornalística internacional Panamá Papers revelar todos os clientes que utilizavam offshores.
Para o delegado da PF Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho, responsável pela investigação sobre a empresa panamenha, "as provas indicam que o 'núcleo Mossack Fonseca' representava uma organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada a prática do crime de lavagem de dinheiro".
Com o indiciamento, a Polícia Federal concluiu a Triplo X, 22ª fase da Lava Jato que teve como alvos a firma panamenha e o apartamento da publicitária Nelci Warken.
A propriedade fica no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista, do qual a família do ex-presidente Lula chegou a adquirir uma cota, mas depois desistiu, segundo a defesa do petista.
Foi com as investigações da Triplo X que, pela primeira vez, a Lava Jato se aproximou do ex-presidente ao descobrir que o tríplex 163-B do Condomínio Solaris pertencia a uma offshore, a Murray Holdings, criada pela Mossack para Nelci Warcken agora indiciada, ela admitiu à PF ser a verdadeira proprietária do 163-B.
Para os investigadores, há indícios suficientes de que "todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência de que atuavam em um mercado voltado à demanda do trânsito de valores e bens de origem suspeita e duvidosa".
O apartamento de Nelci é vizinho do apartamento 163-A, que os investigadores suspeitam pertencer ao ex-presidente Lula e sua família. O prédio começou a ser construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), mas depois passou para a empreiteira OAS, cujo presidente, Léo Pinheiro, é amigo de Lula.
No inquérito da Mossack, nem o petista nem seus familiares são citados. A Lava Jato abriu uma investigação específica sobre o apartamento e outros imóveis que receberam reformas de empreiteiras investigadas na operação.
Procurada, Nelci Warken não se manifestou até a publicação desta reportagem.
São Paulo - A Polícia Federal indiciou seis funcionários que atuavam para a filial brasileira da firma panamenha Mossack Fonseca, especializada em abrir offshores , pelos crimes de ocultação de bens, organização criminosa e fraude, além da publicitária Nelci Warken, indiciada também por fraude e também por ocultação de bens.
É a primeira vez que a PF enquadra formalmente alvos da Operação Lava Jato ligados à empresa que ficou conhecida mundialmente após a investigação jornalística internacional Panamá Papers revelar todos os clientes que utilizavam offshores.
Para o delegado da PF Rodrigo Luis Sanfurgo de Carvalho, responsável pela investigação sobre a empresa panamenha, "as provas indicam que o 'núcleo Mossack Fonseca' representava uma organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada a prática do crime de lavagem de dinheiro".
Com o indiciamento, a Polícia Federal concluiu a Triplo X, 22ª fase da Lava Jato que teve como alvos a firma panamenha e o apartamento da publicitária Nelci Warken.
A propriedade fica no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista, do qual a família do ex-presidente Lula chegou a adquirir uma cota, mas depois desistiu, segundo a defesa do petista.
Foi com as investigações da Triplo X que, pela primeira vez, a Lava Jato se aproximou do ex-presidente ao descobrir que o tríplex 163-B do Condomínio Solaris pertencia a uma offshore, a Murray Holdings, criada pela Mossack para Nelci Warcken agora indiciada, ela admitiu à PF ser a verdadeira proprietária do 163-B.
Para os investigadores, há indícios suficientes de que "todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência de que atuavam em um mercado voltado à demanda do trânsito de valores e bens de origem suspeita e duvidosa".
O apartamento de Nelci é vizinho do apartamento 163-A, que os investigadores suspeitam pertencer ao ex-presidente Lula e sua família. O prédio começou a ser construído pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), mas depois passou para a empreiteira OAS, cujo presidente, Léo Pinheiro, é amigo de Lula.
No inquérito da Mossack, nem o petista nem seus familiares são citados. A Lava Jato abriu uma investigação específica sobre o apartamento e outros imóveis que receberam reformas de empreiteiras investigadas na operação.
Procurada, Nelci Warken não se manifestou até a publicação desta reportagem.